25 de jun. de 2015

PF realiza 2ª etapa da Operação Acrônimo em MG, DF, RJ e SP

Foram expedidos 19 mandados de busca e apreensão.
Ação apura origem do dinheiro encontrado em avião em Brasília em 2014.

Do G1 MG
Policiais federais apreendem materiais e computador em escritório em Belo Horizonte (Foto: Michele Marie/G1)Policiais federais apreendem materiais e computador em escritório em Belo Horizonte (Foto: Michele Marie/G1)
A Polícia Federal (PF) realiza, nesta quinta-feira (25), a segunda etapa da operação Acrônimo e cumpre 19 mandados de busca e apreensão em três estados e no DF. Dez mandados foram expedidos para a capital federal, seis para Belo Horizonte, e os outros três para Uberlândia (MG), Rio de Janeiro e São Paulo.
A polícia investiga a origem de mais de $ 110 mil encontrados em um avião no aeroporto de Brasília, em outubro do ano passado. A aeronave transportava Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, dono de uma gráfica que prestou serviço para a campanha do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT).
O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, e a primeira-dama Carolina Oliveira Pimentel (Foto:  Pedro Ângelo/G1)Governador  Fernando Pimentel, e a primeira-dama
Carolina, durante posse (Foto: Pedro Ângelo/G1)
Em 29 de maio de 2015, quando deu início a operação Acrônimo, a PF apreendeu documentos num apartamento em Brasília da primeira-dama, Carolina de Oliveira. O governo de Minas Gerais ainda não se pronunciou sobre a operação.
No dia seguinte, o governador Fernando Pimentel fez um pronunciamento durante o qual declarou que o envolvimento da mulher na investigação se tratava de um "equívoco". "Ocorre, o mandado de busca e apreensão foi expedido com base numa alegação, numa definição inverídica, absolutamente inverídica”, disse, à ocasião.
Em 1º de junho, o advogado de Carolina de Oliveira, Pierpaolo Bottini, afirmou ter entregue ao juiz Ricardo Augusto Soares Leite, da 10ª Vara Federal, em Brasília, documentos que, segundo ele, comprovam a inocência da primeira-dama mineira. Estes documentos mostram datas de abertura de fechamento de empresa que seria de Carolina.
2ª fase
Um dos locais onde os agentes cumpriram mandado nesta quinta é um escritório no bairro Serra, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, que foi usado como comitê de campanha de Pimentel, no ano passado. Policiais que estão no local dizem que o local parece inoperante atualmente, mas existem materais que não foram especificados. Cinco agentes e uma delegada foram a este prédio.
Em Brasília, um dos mandados foi cumprido em uma agência de publicidade.
O objetivo da Acrônimo é apurar suposto esquema de lavagem de dinheiro por meio de sobrepreço e inexecução de contratos com o governo federal desde 2005. Há suspeita de que os recursos desviados alimentavam campanhas eleitorais.
Bené foi preso no fim de maio e depois liberado. Na ocasião, foram presas outras três pessoas, entre elas Marcier Trombiere Moreira, servidor de carreira do Banco do Brasil que trabalhou na campanha Pimentel no ano passado.

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