13 de mar. de 2009

TARSO GENRO PRETENDE CORRIGIR O SEU ERRO MULTIPLICANDO-O POR DOIS

O ministro Tarso Genro (Justiça) reiterou nesta quinta-feira, durante sessão na Comissão de Relações Exteriores do Senado, sua defesa à concessão do status de refugiado político ao ex-ativista italiano Cesare Battisti.
Tarso reclamou das críticas que recebeu em decorrência da concessão do status, que considera infundadas e preconceituosas, e negou que a decisão em favor de Battisti seja uma afronta às autoridades italianas.
"Nós não estamos agredindo o Estado italiano nem o Estado de Direito nem o conteúdo iluminista de suas afirmações", afirmou Tarso, na comissão. "Eu lamento que tenham sacado de preconceito ideológico sem analisar o conteúdo. Não houve a meu ver a ampla defesa ao senhor Battisti", reiterou.
O ministro afirmou ainda que aguarda o envio de um pedido de concessão de refúgio político para um jovem apontado como fascista. Segundo ele, se examinar esse caso, sua posição será favorável ao status, como fez com Battisti.
"[Se for enviada uma solicitação nas] mesmas condições [de Battisti] sobre tal jovem fascista, este ministro dará também o refúgio. Isso é uma condição de neutralidade do Estado. Isso não está na questão da política partidária, mas do direito internacional", afirmou.
Segundo Tarso, ao conceder o status de refugiado político, o governo federal se baseou na legislação nacional que é fundamentada em normas do direito internacional favoráveis à concessão de asilo político. "O Brasil se orgulha de cumprir o direito internacional sem nenhum tipo de preconceito nem distorção ideológica", disse.
Autor do requerimento para ouvir Tarso na comissão, o senador Heráclito Fortes (DEM-PI), vai questioná-lo sobre o processo de concessão de refúgio por ser contrário à permanência de Battisti no país. A aprovação ao convite para o ministro teve o apoio de senadores favoráveis ao refúgio a Battisti, como o petista Eduardo Suplicy (PT-SP).
A audiência de Tarso no Senado é acompanhada por diversos manifestantes, que acompanham a sessão em silêncio. Na sua maioria, são integrantes de movimentos favoráveis à concessão de status de refugiado a Battisti.

Comentários - Reinaldo Azevedo
http://veja.abril.com.br/blogs/reinaldo/
Pobre Tarso!
Ele não entendeu nada!
Então ele acha que, se conceder asilo a um fascista, está tudo empatado? O jogo está zerado? Tal hipótese não deixa de embutir um tanto de má-fé, como se fascistas, no Brasil, estivessem reclamando da concessão de asilo a Cesare Battisti porque é um terrorista de esquerda. A suposição implícita é que, fosse um terrorista de direita, não haveria protestos.
NÃO, SENHOR TARSO GENRO! O SENHOR ESTÁ ERRADO.

EU SOU CRÍTICO DE PRIMEIRA HORA DA CONCESSÃO DE ASILO POLÍTICO A UM ASSASSINO. PORQUE O SENHOR BATTISTI FOI CONDENADO NA ITÁLIA POR ASSASSINATO. SE O TAL FASCISTA TAMBÉM É UM ASSASSINO, EU NÃO QUERO QUE O SENHOR LHE DÊ ASILO POLÍTICO. EU QUERO QUE ELE VOLTE PARA SEU PAÍS E RESPONDA PELO CRIME QUE COMETEU.

A PROPÓSITO; UMA DEMOCRACIA NÃO TEM DE CONCEDER ASILO A NENHUM VAGABUNDO QUE NÃO RECONHEÇA A DEMOCRACIA, SEJA ELE DE DIREITA OU DE ESQUERDA.

Mas Tarso é quem é. O equívoco de agora se soma ao anterior. Ele continua a reivindicar a condição de CORTE REVISORA DA JUSTIÇA ITALIANA ao reafirmar que não foi garantido a Battisti o devido direito de defesa, o que está demonstrado ser também objetivamente falso.

De resto, quem tem intimidade com as tramas da linguagem pode facilmente descaracterizar a fala de Tarso. Releiam o que diz: “[Se for enviada uma solicitação nas] mesmas condições [de Battisti] sobre tal jovem fascista, este ministro dará também o refúgio. Isso é uma condição de neutralidade do Estado. Isso não está na questão da política partidária, mas do direito internacional". Entendo. Para Tarso não fazer o que promete sem passar por mentiroso, basta que ele diga que a oração subordinada adverbial condicional não foi cumprida: “Lamento, as condições não eram as mesmas”... Qual é, doutor? Em Dois Córregos, a gente chama isso de “passar mel no lábio dos trouxas”.

MAS REITERO: NEM FASCISTAS NEM FACÍNORAS ESQUERDISTAS. O Brasil não tem de ser o lixo do mundo, acolhendo homicidas que se dizem perseguidos políticos.

A possibilidade de acolher um fascista para compensar a estupidez de conceder asilo a Battisti é ofensiva.

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