BRASÍLIA - O Exército "escalou" três generais às vésperas da aposentadoria para atacar e mostrar a insatisfação da Força com a Estratégia Nacional de Defesa. Na reunião do alto comando, hoje, eles apresentarão três documentos com críticas ao plano elaborado pelos ministros da Defesa, Nelson Jobim, e de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger. Nos textos, obtidos pelo Estado, os militares se queixam da "politização" em curso na pasta e alertam contra o projeto de centralização de compras de armamentos, mais permeável, segundo avaliam, a casos de corrupção.
Os documentos foram elaborados pelos generais Luiz Cesário da Silveira Filho, ex-comandante Militar do Leste, Paulo César de Castro, chefe do Departamento de Ensino e Cultura do Exército, e Maynard Marques de Santa Rosa, chefe do Departamento Geral de Pessoal. Segundo os generais, as Forças Armadas não foram ouvidas na elaboração do plano. Um dos documentos diz que a implementação do projeto "ocasionará danos de difícil reparação, os quais poderão redundar em significativo comprometimento do sistema de defesa nacional".
Outro trecho classifica o plano de defesa como "documento de cunho político, sem respaldo em ideias de consenso nacional e sem uma solução para o principal problema da Defesa: orçamento incompatível com as necessidades de custeio das instituições e de investimento para a modernização dos seus sistemas de armas". Ainda segundo esses três documentos, algumas medidas são "utópicas" e outras, "inexequíveis", já que "poderão trazer consequências negativas para o futuro das instituições militares". Os autores avisam não ter a intenção de promover uma rebelião, cooptando os demais integrantes do Alto Comando do Exército contra o ministro da Defesa. Silveira Filho e Castro vão para a reserva no final do mês.
Os documentos foram elaborados pelos generais Luiz Cesário da Silveira Filho, ex-comandante Militar do Leste, Paulo César de Castro, chefe do Departamento de Ensino e Cultura do Exército, e Maynard Marques de Santa Rosa, chefe do Departamento Geral de Pessoal. Segundo os generais, as Forças Armadas não foram ouvidas na elaboração do plano. Um dos documentos diz que a implementação do projeto "ocasionará danos de difícil reparação, os quais poderão redundar em significativo comprometimento do sistema de defesa nacional".
Outro trecho classifica o plano de defesa como "documento de cunho político, sem respaldo em ideias de consenso nacional e sem uma solução para o principal problema da Defesa: orçamento incompatível com as necessidades de custeio das instituições e de investimento para a modernização dos seus sistemas de armas". Ainda segundo esses três documentos, algumas medidas são "utópicas" e outras, "inexequíveis", já que "poderão trazer consequências negativas para o futuro das instituições militares". Os autores avisam não ter a intenção de promover uma rebelião, cooptando os demais integrantes do Alto Comando do Exército contra o ministro da Defesa. Silveira Filho e Castro vão para a reserva no final do mês.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo, 3 de março de 2009
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