General de divisão Eduardo Wizniewsky, subcomandante logístico do Comando do Exército, garante que a infraestrutura do 1º Regimento de Carros de Combate, em Santa Maria, é melhor que as da Alemanha
Santa Maria confirmou esta semana o título de Capital Nacional dos Blindados, com a realização do encontro de cúpula do Exército na cidade. O Município tem 217 carros de combate em operação, incluindo modelos Leopard 1 A1, Leopard 1 A5, M-113, M-108, Cascavel e Urutu, e deverá receber mais 68 pelo Programa Leopard. Também há 77 unidades no Parque de Manutenção, onde ficam os veículos vindos da Alemanha com destino aos regimentos pertencentes ao programa. Aqui também funciona o primeiro Centro de Instrução de Blindados do País e, ao lado de Santiago, capital do Chile, um dos únicos preparados para uso do Leopard. Em razão disso, Santa Maria sediou, a reunião sistêmica integrada do Programa Leopard, que geralmente ocorre em Brasília. Com a presença da elite do Exército, entre eles o general de divisão Eduardo Wizniewsky, subcomandante logístico do Comando do Exército, responsável pelo relacionamento com Programa Leopard. Ele concedeu entrevista exclusiva ao Jornal A Razão.
O general Eduardo veio fechar detalhes para a segunda etapa do Programa Leopard, chamada de Suporte Logístico Integrado. A primeira consistiu no treinamento dos militares e na aquisição dos 220 carros de combate do modelo Leopard 1 A5 e dos demais equipamentos pela fabricante alemã Krauss-Maffei Wegmann, a KMW (veja mais detalhes no quadro). A fase a seguir, cujo orçamento está sob avaliação do Ministério do Exército e poderá sofrer modificações, contempla a manutenção dos veículos e a realização de obras, conforme os padrões exigidos, nos quartéis onde há treinamento para o uso de blindados Leopard – 1º Regimento de Carros de Combate, em Santa Maria, 4º Regimento de Carros de Combate, além de quartéis nas cidades paranaenses de Ponta Grossa e Rio Negro. Entre as obras, seriam prioritários os términos da infraestrutura na unidades de Santa Maria e Rosário do Sul. Neste último regimento também está prevista a construção de estande de tiro. “As instalações que temos no 1º RCC são melhores das que temos na Alemanha”, comparou o general Eduardo.
Em relação à segunda etapa do Programa Leopard, o general explica que o contrato prevê com a indústria alemã prevê, além dos equipamentos, o funcionamento pleno e a manutenção. Assim, de acordo com o general subcomandante logístico, a escolha da KMW deveu-se à manutenção oferecida aos simuladores digitais, que reproduzem a paisagem brasileira e não a européia, como disponibilizado por outros fabricantes. Aliada a essa questão, a vinda da empresa para Santa Maria permitirá que o suporte logístico possa ser feito no Brasil, reduzindo custos e tempo.
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