5 de mar. de 2011

Mensagem de agradecimento de um Rondonista

Olá!
Meu nome é Thiago e fui rondonista na operação Carajás, no município de Eldorado do Carajás com a Universidade Federal do Paraná. Gostaria de agradecer todo o apoio que vocês deram a operação, toda a ajuda e os conhecimentos que vocês me passaram.
Gostaria de confessar de que nunca fui fã das forças armadas, principalmente do Exército, por uma série de fatores que ocorreram no meu alistamento militar obrigatório. Mas devo dizer que mudei de opinião ao conhecer o 52 BIS. Hoje vejo com orgulho o trabalho que vocês realizam, o treinamento e a preparação diária pelo nosso país. Me emocionei muito assitindo à palestra do Ten. Cel. Samuel, onde ele disse que escolheu lutar pelo país com a farda, mas que nós, cada jovem universitário ali presente, pode e deve lutar pelo país, seu progresso e desenvolvimento, nas áreas que escolhemos atuar, no meu caso, na Engenharia Cartográfica. O abismo que eu achava que existia entre a sociedade civil e a militar, aprendi que não existe, aprendi que todos somos brasileiros, que apenas escolhemos caminhos ou formas diferentes de mudar e lutar por esse país. Queria agradecer a todos vocês, que foram gentis conosco, que tanto nos ajudaram e nos mostraram que não há abismo algum, mas há sim uma unidade de uma só nação.
Gostaria também de tentar transmitir o orgulho de meu pai ao saber que fiquei uns dias aí com vocês, ele, que na sua época de serviço militar foi enviado para lutar contra a guerrilha do Araguaia, trouxe sempre o orgulho de ter lutado pelo país. Eu queria transmitir o orgulho e o interesse com o qual meu pai viu cada foto do quartel, da farda, dos mascotes e das instruções de abrigo, fogo e água, alimentação e animais, os brasões e o alojamento, que segundo ele, não mudou nada desde a sua época. As lembranças que eu ganhei, como a carta, o jornal e a agenda, me desculpem, mas eu dei para o meu pai, que quase chorou ao ter em suas mãos artigos de um Exército companheiro, amigo de cada cidadão brasileiro.
Para finalizar, gostaria de agradecer mais uma vez o apoio, de cada soldado que de forma "invisível" trabalhou para nos acomodar e nos dar uma ótima estadia. Queria agradecer também  ao pessoal da cozinha, pelo atendimento e refeições impecáveis, ao Sr. Samuel pela simplicidade com a qual andou entre nós estudantes e a proximidade que teve conosco. Por fim, ao 2 Ten Heyder, instrutor da aula sobre abrigos, que pediu que nós, provenientes das mais distintas regiões do país, não nos esquecermos de que ali, na selva, um lugar muitas vezes esquecido por governantes e pela sociedade, existem guerreiros que treinam dia após dia, abrem mão de diversas coisas, para defender o nosso país, a ele eu gostaria de responder que pelo menos da minha parte, nunca esquecerei, nem a minha família, de que aí, muito longe da Curitiba da qual escrevo, existem brasileiros, guerreiros de selva, que escolheram defender e desenvolver este país com a farda e o fuzil.
Muito Obrigado e um grande abraço a cada integrante do 52 BIS,
Thiago Rempel

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