Levantamento é da MaxMilhas, plataforma de compra e venda de milhagens
O levantamento analisou dados (preços de passagens e quantidade de milhas necessárias à aquisição de um bilhete) provenientes das companhias relativos a cerca de 70.000 voos realizados em 2015. Só entram na conta bilhetes cujo resgate por milhas é vantajoso para os consumidores. Nos demais casos, o melhor negócio é mesmo recorrer ao marketplace da MaxMilhas e adquirir créditos de quem quer vender.
Do outro lado, gente interessada em viajar (o comprador) busca na plataforma bilhetes para o destino desejado. Os resultados das pesquisas exibem informações (preço e milhas) sobre os voos oferecidos pelas companhias e, ao lado, quanto sairia a viagem comprando-se milhas do vendedor que oferece o menor preço. O comprador, então, pode escolher a melhor oferta. Negócio fechado e boa viagem.
Hoje, mais de 60.000 pessoas compram e/ou vendem milhas na plataforma, mas outras 50.000 já estão cadastradas. Circulam por ali mais de 4 milhões de reais por mês, e a empresa fica com um quarto disso. Cerca de 100 milhões de milhas estão à venda na MaxMilhas. É, segundo Max Oliveira, CEO e cofundador da MaxMilhas, o suficiente para 10.000 passagens nacionais.
O que determina o preço das milhas no mercado livre é o velho balé entre oferta e demanda. Já no caso dos valores "pagos" pelas companhias aéreas, entram outros fatores, segundo Oliveira. "Depende principalmente da disponibilidade de voos e da forma como cada companhia precifica seus voos em milhas. E isso varia no tempo", diz. A Gol, por exemplo, oferece mais opções do que a Azul, então o preço "pago" pelas milhas cai. Na outra ponta, o programa de fidelidade da Avianca só tem parceria com Bradesco e Santander, o que torna as milhas da marca raras no mercado e eleva seu preço.
Avançando no mercado doméstico, a MaxMilhas quer agora voar para o exterior. A plataforma já abriu no marketplace espaço para milhas da American Airlines. Em breve, devem se unir a ela companhias como British, Delta, Singapore, Etihad e Qatar. "Os consumidores pedem", diz Oliveira. Em 2017, a ideia é aterrissar nos Estados Unidos. "O mercado não é bem explorado lá fora. Operam apenas empresas fechadas de compra e venda."
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