Conheça 32 municípios com as melhores avaliações, segundo o IDH, e menos de meio milhão de moradores
Por
Denise Chiarato
Florianópolis, em Santa Catarina, está entre
as melhores cidades para se viver com até 500 mil habitantes (Elaine
Skowronski/VEJA)
Quanto maior a cidade, maiores os salários e
melhores os serviços, certo? Nem sempre. Dados do IDH (Índice de
Desenvolvimento Humano), referência usada para medição de qualidade de
vida de uma região, mostra que os cinco melhores municípios para se
viver no Brasil, levando em consideração a saúde (expectativa de vida da
população), educação e renda, têm menos de 500 mil habitantes. Conheça
32 cidades com as melhores avaliações, segundo o IDH, e menos de meio
milhão de moradores.
São Caetano do Sul
Colada à capital paulista, a cidade de São Caetano do Sul lidera o
ranking da cidade com melhor qualidade de vida do país. Apesar de ter
apenas 15 quilômetros quadrados e cerca de 157 mil habitantes, tem
jeitão de metrópole: é altamente verticalizada e tem uma frota de mais
de 100 mil veículos. Além de ter sido o berço da indústria
automobilística do país, o alto poder aquisitivo de seus moradores
justifica a grande quantidade de veículos. A renda de seus moradores,
acima dos R$ 2.000 per capita ao mês, é o principal indicador no ranking
do IDH, além da alta expectativa de vida ao nascer, de 78,2 anos, e
ótimos resultados na área de educação.
Águas de São Pedro
Com apenas 3,2 quilômetros quadrados e menos de 3.100 moradores, a
pequena Águas de São Pedro (a 182 km da capital paulista) tem
indicadores de fazer inveja às grandes metrópoles. Tem os melhores
resultados em avaliações de educação no país, tanto no ensino
fundamental quanto médio, com os alunos tendo aulas de reforço, música e
esporte, o que já lhe garantiu destaque na imprensa internacional: do
jornal espanhol “El País” ao alemão “Deutsche Welle”. Além disso, a
expectativa de vida de sua população é uma das mais altas do Brasil,
78,4 anos, e a renda per capita ao mês é de R$ 1.580,72. Apesar de
pacata e ter o turismo como principal fonte de renda, é uma importante
estância hidromineral, a cidade aposta na tecnologia _ tem câmeras de
segurança e sensores para estacionamento e as consultas na rede pública
de saúde é toda online.
Florianópolis
Considerada um dos principais pontos turísticos do país,
Florianópolis investe na qualidade de vida de sua população e na
educação _ o que lhe assegura o terceiro lugar no ranking do IDH
brasileiro. São quase 462 mil habitantes em cerca de 440 quilômetros. A
expectativa de vida ao nascer é de 77,4 anos, renda per capita ao mês
de quase R$ 1.800 e bons indicadores de educação (mais de 70% dos jovens
de 15 a 17 anos têm o ensino fundamental completo).
Balneário Camboriú
A cidade de menos de 44 quilômetros quadrados no litoral de Santa
Catarina, que no verão chega a receber quatro milhões de turistas do
Brasil e do exterior, exibe os prédios mais altos do país e praias ainda
conservadas, que atraem de surfistas a aposentados. Considerado o
município com ótima infraestrutura urbana, Balneário Camboriú aparece em
quarto lugar no ranking do IDH principalmente por conta da expectativa
de vida ao nascer de seus moradores: 78,62 anos. A renda per capita ao
mês é de R$ 1.625,59 e 93% das crianças de cinco a seis anos estão na
escola. A cidade de 124.557 habitantes tem temperatura agradável, em
média de 20 graus.
Vitória
Uma das cidades mais antigas do país, Vitória ainda preserva a
qualidade de suas praias e parte de seu patrimônio cultural e
arquitetônico. É a segunda melhor capital do Brasil para se viver,
segundo os indicadores do IDH, sendo que a renda da população (R$
1.866,58 per capita ao mês) é o que mais pesa para garantir a colocação,
seguida pela longevidade (76,28 anos) e educação (97,9% das crianças de
cinco a seis anos estão na escola). Sua economia é impulsionada pelos
sete portos espalhados pelos 417 quilômetros de litoral e 100% da sua
população de 352.104 habitantes vive na zona urbana, sendo que 99% dos
domicílios têm coleta de lixo, água encanada e luz elétrica.
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