Procuradores querem saber se o ex-governador, Sérgio Cabral, dormia na biblioteca com ar condicionado e se sua mulher Adriana Ancelmo recebeu cesta de Natal quando esteve na cadeia, conforme revelou ISTOÉ
O Ministério Público Federal do Rio (MPF-RJ) investiga se o
secretário de Estado de Administração Penitenciária (SEAP), coronel Erir
Ribeiro Costa Filho, autorizou a entrada de uma cesta de Natal para
Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador Sérgio Cabral, no Complexo
Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
A investigação ocorre após denúncia de IstoÉ, que publicou na edição de sexta-feira da semana passada uma reportagem exclusiva sobre os privilégios do casal Cabral na prisão. Intitulada “As regalias de Cabral na prisão”, a matéria contou em primeira mão as benesses do ex-governador do Rio e sua mulher na prisão e apresentou um documento que atestou a entrada de uma ceia de Natal em 25 de dezembro de 2016 na cela individual da detenta Adriana Ancelmo.
A ceia estava recheada por peru assado, farofa com fios de ovos e arroz com passas. Os demais presos passaram o Natal à marmitex com arroz e feijão. Um manuscrito mostra que a mordomia foi autorizada pelo próprio secretário Erir Ribeiro Costa Filho, ex-Comandante-Geral da Polícia Militar do Rio de Janeiro na gestão de Cabral (2006-2014). Na semana passada, no entanto, Adriana Ancelmo foi autorizada pela Justiça a cumprir prisão domiciliar em seu luxuoso apartamento no Leblon, no Rio. Só Cabral ainda está em Bangu, onde desfruta de tratamento vip.
Lava jato quer esclarecimentos
Como parte da investigação, o MPF-RJ convocou, na quarta-feira 5, o inspetor Wilson Camilo Ribeiro para prestar esclarecimentos sobre a reportagem de ISTOÉ. Segundo fontes da Justiça carioca, a determinação para ouvir o inspetor Wilson Ribeiro partiu dos coordenadores da Operação Lava Jato, em Curitiba, que investigam Cabral pelo desvio de R$ 300 milhões dos cofres públicos.
Ribeiro disse à ISTOÉ que Cabral dormia todas as noites na biblioteca, com ar condicionado e que se alimenta com comidas pedidas em restaurantes de fora do presídio. Disse que Adriana Ancelmo também usava internet na sala de Segurança e Classificação (onde fica a documentação dos presos) e chegou a receber pizzas compradas pela própria diretora da Unidade Feminina de Bangu 8 (Rita de Cássia Alves), enquanto esteve na cadeia, de dezembro de 2016 até o final de março deste ano.
Em nota, o Sindicato dos Servidores do Sistema Penal do Rio de Janeiro (SindSistema) repudiou as informações prestadas por Wilson Ribeiro e outras fontes ligadas ao sistema penitenciário, considerando-as inverídicas. A entidade informou que o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Rio (Sindaperj), presidido por Ribeiro, “não representa a categoria dos inspetores de segurança do Rio”. Depois de negar os privilégios de Cabral na prisão, o SindSistema diz que o ex-governador “é tratado como outro preso qualquer, sem ser distratado, mesmo porque a maioria está indignada com o atraso nos salários e por ele ter certa parcela de culpa na atual sistuação da administração pública do Rio”.
Na terça-feira 4, entretanto, foi a vez de Ribeiro receber uma notificação de transferência. O inspetor está sendo removido pela Secretaria de Administração Penitenciária para a unidade masculina Petrolino Werling Oliveira, conhecida como PO, em Bangu 8. Em 2010, o inspetor foi justamente retirado de unidades de Bangu por motivo de segurança após denúncias que fez sobre superfaturamento de “quentinhas” (refeições servidas aos presos). Ribeiro acha que o fato de ter sido destacado novamente para servir no presídio Petrolino Werling, o torna vulnerável a vinganças.
A investigação ocorre após denúncia de IstoÉ, que publicou na edição de sexta-feira da semana passada uma reportagem exclusiva sobre os privilégios do casal Cabral na prisão. Intitulada “As regalias de Cabral na prisão”, a matéria contou em primeira mão as benesses do ex-governador do Rio e sua mulher na prisão e apresentou um documento que atestou a entrada de uma ceia de Natal em 25 de dezembro de 2016 na cela individual da detenta Adriana Ancelmo.
A ceia estava recheada por peru assado, farofa com fios de ovos e arroz com passas. Os demais presos passaram o Natal à marmitex com arroz e feijão. Um manuscrito mostra que a mordomia foi autorizada pelo próprio secretário Erir Ribeiro Costa Filho, ex-Comandante-Geral da Polícia Militar do Rio de Janeiro na gestão de Cabral (2006-2014). Na semana passada, no entanto, Adriana Ancelmo foi autorizada pela Justiça a cumprir prisão domiciliar em seu luxuoso apartamento no Leblon, no Rio. Só Cabral ainda está em Bangu, onde desfruta de tratamento vip.
Lava jato quer esclarecimentos
Como parte da investigação, o MPF-RJ convocou, na quarta-feira 5, o inspetor Wilson Camilo Ribeiro para prestar esclarecimentos sobre a reportagem de ISTOÉ. Segundo fontes da Justiça carioca, a determinação para ouvir o inspetor Wilson Ribeiro partiu dos coordenadores da Operação Lava Jato, em Curitiba, que investigam Cabral pelo desvio de R$ 300 milhões dos cofres públicos.
Ribeiro disse à ISTOÉ que Cabral dormia todas as noites na biblioteca, com ar condicionado e que se alimenta com comidas pedidas em restaurantes de fora do presídio. Disse que Adriana Ancelmo também usava internet na sala de Segurança e Classificação (onde fica a documentação dos presos) e chegou a receber pizzas compradas pela própria diretora da Unidade Feminina de Bangu 8 (Rita de Cássia Alves), enquanto esteve na cadeia, de dezembro de 2016 até o final de março deste ano.
Em nota, o Sindicato dos Servidores do Sistema Penal do Rio de Janeiro (SindSistema) repudiou as informações prestadas por Wilson Ribeiro e outras fontes ligadas ao sistema penitenciário, considerando-as inverídicas. A entidade informou que o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Rio (Sindaperj), presidido por Ribeiro, “não representa a categoria dos inspetores de segurança do Rio”. Depois de negar os privilégios de Cabral na prisão, o SindSistema diz que o ex-governador “é tratado como outro preso qualquer, sem ser distratado, mesmo porque a maioria está indignada com o atraso nos salários e por ele ter certa parcela de culpa na atual sistuação da administração pública do Rio”.
Na terça-feira 4, entretanto, foi a vez de Ribeiro receber uma notificação de transferência. O inspetor está sendo removido pela Secretaria de Administração Penitenciária para a unidade masculina Petrolino Werling Oliveira, conhecida como PO, em Bangu 8. Em 2010, o inspetor foi justamente retirado de unidades de Bangu por motivo de segurança após denúncias que fez sobre superfaturamento de “quentinhas” (refeições servidas aos presos). Ribeiro acha que o fato de ter sido destacado novamente para servir no presídio Petrolino Werling, o torna vulnerável a vinganças.
Nenhum comentário:
Postar um comentário