Ex-presidente Jonas Lopes admitiu que empresas pagavam 1% de obras acima de R$ 5 milhões
Rio
- Um esquema de propina no Tribunal de Contas do Estado (TCE) pelo
menos desde de 2000. É o que garante o ex-presidente da Corte, Jonas
Lopes, em delação premiada ao Superior Tribunal de Justiça, como o RJ-TV
2ª edição publicou ontem.
Lopes confessou que empresas pagavam 1% de obras acima de R$ 5 milhões. Ele sustentou que os conselheiros José Gomes Graciosa, Marco Antônio Alencar, Aloysio Neves, José Maurício Nolasco e Domingos Brazão receberam, cada um, aproximadamente R$ 1,2 milhão em espécie.
Ontem, a probabilidade de Cabral estar negociando uma delação premiada para denunciar membros do Judiciário e Ministério Público ganhou força. Cabral já estaria preenchendo a documentação com as informações que estaria disposto a revelar que deverá ser encaminhada à Procuradoria Geral da República. Na cadeia, ele entraria constantemente em depressão e foi informado pelos advogados que se não colaborar com a Lava Jato terá pena de mais de 50 anos.
Lopes confessou que empresas pagavam 1% de obras acima de R$ 5 milhões. Ele sustentou que os conselheiros José Gomes Graciosa, Marco Antônio Alencar, Aloysio Neves, José Maurício Nolasco e Domingos Brazão receberam, cada um, aproximadamente R$ 1,2 milhão em espécie.
A divisão da propina era sempre feita no gabinete
da presidência. Os conselheiros foram presos quarta-feira e levados
para o presídio Bangu 8, no Complexo de Gericinó, onde o ex-governador
Sérgio Cabral também está preso acusado de desvios de R$ 224 milhões em
esquema envolvendo empreiteiras.
Já Jonas Lopes Neto, filho do
ex-presidente, contou à Justiça que foi convidado pelo pai a recolher
recursos irregulares e receber, por isso, 5%. O dinheiro era levado ao
TCE em pasta 007 para ser dividido com os outros conselheiros.
Segundo
Jonas Lopes, um pedido de ajuda do governo do estado para comprar
comida para os presídios virou alvo da propina. Para isso, o presidente
da Alerj, Jorge Picciani (PMDB), teria aceitado flexibilizar a lei do
fundo do órgão que permite apenas que a verba seja investida em projetas
da Corte, para aprovar a ajuda. Picciani foi levado para prestar
depoimento coercitivamente na Polícia Federal na quarta-feira e negou as
acusações.
Segundo Lopes, Picciani teria indicado o
empresário Luiz Roberto Menezes Soares, da empresa Cor e Sabor, para
participar do esquema. Luiz é irmão de Arthur Soares, conhecido com o
Rei Artur, que foi um dos principais fornecedores do estado na gestão de
Cabral.
Documentos
Só um dos sete
conselheiros do TCE não está envolvido nas suspeitas de corrupção: a
corregedora Marianna Montebello. No entanto, o trabalho na Corte foi
paralisado porque é necessário a presença de no mínimo quatro
conselheiros. Com isso, ainda não se tem uma definição de quando as
contas do Estado, que já foram encaminhadas pela Alerj, serão analisadas
pela Corte. Documentos
Ontem, a probabilidade de Cabral estar negociando uma delação premiada para denunciar membros do Judiciário e Ministério Público ganhou força. Cabral já estaria preenchendo a documentação com as informações que estaria disposto a revelar que deverá ser encaminhada à Procuradoria Geral da República. Na cadeia, ele entraria constantemente em depressão e foi informado pelos advogados que se não colaborar com a Lava Jato terá pena de mais de 50 anos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário