Advogados classificam a decisão que suspendeu a posse de Lula como um 'erro histórico cometido por esta Excelsa Corte'
Brasília
- O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou nesta segunda-feira
com um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para que o ministro
Gilmar Mendes reveja a decisão que suspendeu sua posse como
ministro-chefe da Casa Civil do governo Dilma Rousseff, em março do ano
passado.
No pedido, os advogados de Lula, Roberto Teixeira e Cristiano Zanin, classificam a decisão que suspendeu a posse de Lula como um “erro histórico cometido por esta Excelsa Corte (STF)”.
No pedido, os advogados de Lula, Roberto Teixeira e Cristiano Zanin, classificam a decisão que suspendeu a posse de Lula como um “erro histórico cometido por esta Excelsa Corte (STF)”.
Lula, “à época dos fatos, preenchia todos os
requisitos previstos no Artigo 87 da Constituição Federal para o
exercício do cargo de Ministro de Estado, além de estar em pleno
exercício de seus direitos políticos”, diz a defesa. “Ademais, (Lula)
sequer era indiciado, denunciado ou mesmo réu em ação penal”, concluíram
os advogados.
No dia 18 de março, Mendes atendeu a
pedidos do PPS e do PSDB, que questionavam a posse do ex-presidente, e
suspendeu o ato. Em seu despacho, o ministro disse que a nomeação de
Lula para o cargo de ministro teve o objetivo de tumultuar e obstruir o
progresso da investigação sobre o ex-presidente na Operação Lava Jato,
devido à transferência de foro da primeira instância da Justiça Federal,
em Curitiba, para o STF.
A defesa de Lula pede agora
que Mendes libere o pedido recém-protocolado para a apreciação dos
demais ministros. A decisão de Gilmar Mendes nunca chegou a ser
apreciada pelos outros integrantes do STF. Pouco após o afastamento de
Dilma Rousseff do cargo de presidenta, junto com todo seu gabinete, em
maio do ano passado, Mendes encerrou a tramitação do julgamento,
alegando perda de objeto da ação.
Caso o STF decida rever a
liminar que suspendeu a posse de Lula, na prática, isso o tornaria
ex-ministro-chefe da Casa Civil, já que ele chegou a tomar posse em
cerimônia no Palácio do Planalto.
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