Maior facção criminosa do País se multiplica pelo território nacional e ganha força em Brasília, centro do poder
Um dos Estados onde houve maior expansão foi Roraima, palco de outra matança. Cinco dias após as 56 mortes em Manaus que tiveram o PCC como vítima, 33 sentenciados perderam a vida em celas da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (RR) em uma vingança da organização paulista. Segundo relatório de inteligência do governo do Estado, em 2013 a facção tinha 50 integrantes, mas esse número saltou para aproximadamente mil no ano passado. No Distrito Federal, centro do poder político, investigações da Polícia Civil apontam que o grupo começou a se instalar no fim de 2014 e também busca uma expansão. Dados obtidos com exclusividade pela reportagem de ISTOÉ mostram que atualmente transitam pelas ruas do DF cerca de 100 integrantes do PCC. Mas também há vários deles nos presídios: 83 membros da organização foram capturados em duas operações realizadas pela Divisão de Combate ao Crime Organizado (Deco) em 2014 e em 2015. A reportagem teve acesso a trechos das investigações (leia quadro). O braço do DF é coordenado por um integrante que recebe a alcunha de “Geral do Estado”.
Mensalidade
Por ter uma das rendas per capitas mais altas e concentrar o poder do País, Brasília está na mira das quadrilhas criminosas. Os bandidos se instalam em cidades no entorno, uma espécie de cinturão composto por 17 municípios. Para angariar recursos, o braço do PCC no DF adota várias modalidades de crime, que vão de tráfico de drogas a roubos de veículos e caixas eletrônicos. Além de rechear os cofres com ações criminosas, o grupo também cobra uma mensalidade de R$ 400 de cada membro que está em liberdade.
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