Dilma
Rousseff se transformou numa caricatura dela mesma. Em seus recentes
arroubos de gabolice passou a repetir a pregação de um plebiscito para
escolha de novos governantes que, ela sabe – tem convicção! –, não irá
fazê-lo. Dilma diz qualquer coisa para retornar ao poder. E vale na
cantilena oportunista a tentativa de iludir, inclusive, senadores que
irão sacramentar o seu impeachment. Dilma não responde por que quer
voltar. Nem sabe provavelmente a razão, salva a hipótese mal velada de
estar temendo cair nas garras da justiça – algo cada dia mais palpável.
Num volteio digno de chanchada Dilma promete, na verdade, reassumir para
sair. Entendeu? Decerto é difícil levar a sério tamanha asneira. Dilma
alega, em alto e bom som, que sem o seu retorno não há democracia. Que é
preciso restabelecer o seu mandato e que depois se pode, quem sabe,
consultar a sociedade para ver o que fazer. Alguém acredita? E de qual
democracia estaria ela a falar? Com o Congresso funcionando plenamente,
as instituições seguindo na mais absoluta normalidade, o Executivo
despachando ajustes para consertar as lambanças deixadas na sua gestão e
nenhuma cena de confronto militar nas ruas, o tão alegado “golpe” virou
motivo de galhofa. Dilma não reúne hoje as mínimas condições
necessárias para governar. Foi fragorosamente derrotada e afastada por
71,5% dos deputados e 67,9% dos senadores. É odiada nas ruas, com
índices de rejeição recorde (acima de 80%) na história da República. Não
tem a menor ideia do que fazer para rearrumar um país destroçado por
seus desmandos e barbeiragens e, acima de tudo, falta com a verdade a
cada uma das promessas e declarações que costuma lançar – como se
imaginasse infinita a capacidade dos brasileiros de acreditarem em suas
lorotas. Ninguém em sã consciência, com a mais elementar noção da
realidade, pode apostar um centavo furado nessa tresloucada ideia de
eleição antecipada que ela apanhou como tábua de salvação para o seu
mandato. O escrutínio presidencial prematuro viraria de ponta-cabeça o
calendário das urnas e só vingaria, obedecendo aos preceitos
constitucionais, na vacância de ambos os cargos de presidente e vice.
Assim, os dois teriam que renunciar, alternativa remota dado que Temer
não mostra a menor disposição (nem tem motivos) para tanto. Ele está ali
por direito, dentro do que prevê a Carta Magna. Ainda que em teoria
crível a tal hipótese, Dilma também não poderia, por iniciativa direta,
realizar um plebiscito. É prerrogativa exclusiva do Congresso chamar
tais consultas populares. E para tanto, ela precisaria da façanha de
convencer os parlamentares a seguirem ao seu lado em busca desse
objetivo. Sejamos francos: quem ali atualmente dá ouvidos ao que Dilma
fala ou pede? Sem base de sustentação política, nem para aprovar
propostas corriqueiras, é difícil imaginá-la virando o jogo a seu favor
no ambiente onde cada um dos interlocutores mostra-se mais interessado
em salvar a própria pele. Dilma, isolada como esta, mimetiza seus erros,
perambula pelo Brasil às custas do erário alardeando invencionices. A
população cansada, vergada por um cenário de desemprego que aflige cerca
de 11,5 milhões de trabalhadores, consumida por uma inflação
lancinante, por juros imorais, não aguenta mergulhar numa desgastante,
arrastada e constitucionalmente ilegal querela de plebiscito que só
consumiria tempo e sofrimento ainda mais agudo pela espera das reformas
necessárias. Ninguém merece!
Dilma Rousseff – não há como tirar da lembrança – esculhambou as contas públicas com suas pedaladas imorais. Mandou às favas a responsabilidade fiscal. Abriu as portas à corrupção endêmica. Fez mesmo o diabo. E seus crimes de responsabilidade deitaram raízes por todos os lados. Na omissão ou na eventual participação, que as seguidas delações vão tornando cada dia mais evidente, ela vai ficando gradativamente longe da figura de vestal da política que tanto buscou incutir a sua imagem. A desonestidade em atos e propostas, iniciada ainda durante a campanha, já seria uma faceta por demais passível da cassação em curso. Mas certamente as práticas criminosas que ocorreram em seu entorno, sobre as quais ela alega não ter o menor conhecimento (muito embora cresçam os indícios até de favorecimento em caixa dois), deverão comprometê-la ainda mais nesse redemoinho das investigações, já em estágio avançado. Como não enxergar a desfaçatez latente de alguém que reclama aos quatro cantos contra injustiças enquanto esconde deliberadamente em seus discursos, nos palanques e eventos da claque organizada, a malversação de dinheiro público que lesou o Estado para atender a interesses eleitoreiros. Só mesmo os que creem em contos da carochinha poderão ignorar tamanha ignomínia.
Dilma Rousseff – não há como tirar da lembrança – esculhambou as contas públicas com suas pedaladas imorais. Mandou às favas a responsabilidade fiscal. Abriu as portas à corrupção endêmica. Fez mesmo o diabo. E seus crimes de responsabilidade deitaram raízes por todos os lados. Na omissão ou na eventual participação, que as seguidas delações vão tornando cada dia mais evidente, ela vai ficando gradativamente longe da figura de vestal da política que tanto buscou incutir a sua imagem. A desonestidade em atos e propostas, iniciada ainda durante a campanha, já seria uma faceta por demais passível da cassação em curso. Mas certamente as práticas criminosas que ocorreram em seu entorno, sobre as quais ela alega não ter o menor conhecimento (muito embora cresçam os indícios até de favorecimento em caixa dois), deverão comprometê-la ainda mais nesse redemoinho das investigações, já em estágio avançado. Como não enxergar a desfaçatez latente de alguém que reclama aos quatro cantos contra injustiças enquanto esconde deliberadamente em seus discursos, nos palanques e eventos da claque organizada, a malversação de dinheiro público que lesou o Estado para atender a interesses eleitoreiros. Só mesmo os que creem em contos da carochinha poderão ignorar tamanha ignomínia.
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