Duas pessoas morreram e 23 ficaram feridas com a queda do elevado.
Elevado será preservado por tempo indeterminado, segundo a polícia.
Viaduto Guararapes é interditado em Belo Horizonte (Foto: Pedro Ângelo/G1)
Segundo a Justiça, a decisão ocorreu durante o plantão, de sábado para
domingo. O pedido partiu do delegado Hugo e Silva, que preside o
inquérito que apura o acidente, e teve manifestação do Ministério
Público Estadual. De acordo com a Polícia Civil, o delegado recebeu um
comunicado judicial determinando a preservação do local por tempo
indeterminado. Contudo, segundo a assessoria do fórum, a decisão não
estabelece prazo.Neste domingo (6), a Construtora Cowan informou por meio de nota que paralisou as obras de demolição do viaduto Guararapes a pedido dos órgãos competentes. Segundo a empresa, um desses órgão é a Defesa Civil.
A Polícia Civil informou, na noite deste sábado (5), que 18 pessoas já foram ouvidas na investigação sobre a queda do Viaduto Guararapes. De acordo com a corporação entre os depoimentos colhidos pela a equipe coordenada pela 3ª Delegacia Regional de Venda, estão os de engenheiros e funcionários da empresa responsável pela obra, a Cowan.
Inquérito de superfaturamento
O desabamento do viaduto Guararapes vai ser incluído em investigação de superfaturamento já conduzida pelo Ministério Público Estadual de Minas Gerais. De acordo com o promotor Eduardo Nepomuceno, o elevado em construção integra um conjunto de obras do BRT/Move que é alvo de inquérito para apurar se houve dano ao erário e enriquecimento ilícito.
Em 2012, o Ministério Público instaurou o inquérito para verificar suspeita de superfaturamento e de fraude nas licitações que envolvem a contração das empresas Delta e Cowan para as obras. Posteriormente, a Delta deixou o consórcio. As supostas irregularidades também são investigadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) de Minas Gerais.
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