12 de ago. de 2012

Presidente do Egito afasta ministro da Defesa


Mohamed Mursi também cancelou as emendas constitucionais que davam amplos poderes aos militares

O presidente Mohamed Mursi (à dir.) já deu posse neste domingo ao novo Ministro da Defesa, Abdel Fattah al-Sissi (à esq.)
O presidente Mohamed Mursi (à dir.) já deu posse neste domingo ao novo Ministro da Defesa, Abdel Fattah al-Sissi (à esq.) (Presidência do Egito/Reuters)
O presidente do Egito, Mohamed Mursi, afastou o chefe das forças armadas e ministro da Defesa, Field Marshall Hussein Tantawi, que liderava o conselho militar que governou o Egito por 17 meses após a saída de Hosni Mubarak do poder em fevereiro de 2011. O governo também revogou as emendas constitucionais que davam amplos poderes aos generais e tinham o objetivo de limitar os poderes presidenciais, informou o jornal britânico The Guardian. 
O porta-voz do presidente, Yasser Ali, afirmou em pronunciamento na TV estatal que as decisões têm efeito imediato. Mursi indicou o Abdel-Fattah el-Sissi, que era chefe dos serviços de inteligência militares, como novo ministro da Defesa. Além disso, anunciou o juiz Mahmoud Mekki como vice-presidente. Mekki é um magistrado que participou da revolta dos juízes em 2005 contra a fraude eleitoral durante a eleição presidencial que terminou com a vitória esmagadora de Hosni Mubarak. Ele é o segundo vice-presidente egípcio em 30 anos. O ex-presidente Hosni Mubarak nunca havia nomeado um vice-presidente até a revolta popular que o derrubou em fevereiro de 2011, durante a qual ele nomeou o chefe dos serviços de inteligência Omar Suleiman para o posto. 
O presidente também exonerou o chefe de Estado Maior do Exército, Sami Enan. Tantawi e Anan foram nomeados conselheiros do presidente Mursi, segundo a imprensa oficial. Mursi havia ordenado na quarta-feira que Tantawi encontrasse um novo chefe para a Polícia Militar, além de substituir o chefe dos serviços de inteligência, o chefe da Guarda Presidencial e o governador da província do norte do Sinai, onde aconteceram os ataques que mataram 16 policiais de fronteira. 
(Com agência France-Presse)

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