31 de ago. de 2010

Após sucesso no Pan-Pacífico, Brasil conquista 14 ouros no Mundial Militar

Uma semana após encerrar sua melhor participação brasileira na história do Pan-Pacífico, a natação brasileira segue dando alegrias nas piscinas, desta vez na Alemanha. Em Warendorf, onde foi disputado o Mundial Militar, o Brasil obteve resultados arrebatadores, o que garantiram ao país o posto de melhor no quadro de medalhas da competição, fato inédito para o esporte brasileiro. No total, foram 14 ouros, dez pratas e dois bronzes conquistados na Europa.Além das 26 vezes em que foi ao pódio, o Brasil conseguiu também três quebras de recordes mundiais militares, com Henrique Rodrigues, nos 200m medley (1m59s94), Guilherme Guido, nos 50m costas (25s12, nas eliminatórias), e Fabíola Molina, nos 100m costas (1m00s81, na abertura do revezamento medley). Todos são sargentos formados pelo exército brasileiro.
O também sargento Tales Cerdeira, apesar de não bater nenhum recorde, foi o melhor da competição, com quatro medalhas de ouro e 15 pontos. O alemão Yannick Lebherz, com 14, foi o segundo. Depois, só brasileiros: Nicholas Santos, com 11, Kaio Márcio, com dez, e Henrique Rodrigues, também com dez. Entre as mulheres, Tatiana Lemos e Tatiane Sakemi ficaram empatadas em décimo, ambas com oito pontos. A delegação brasileira contou com 11 militares do exército e um da marinha.
Confira a campanha brasileira:
Medalhas de ouro:50m peito M – Sargento Tales Cerdeira – 27s77100m peito M – Sargento Tales Cerdeira – 1m00s69200m peito M – Sargento Tales Cerdeira – 2m11s2450m livre M – Sargento Nicholas Santos – 22s5850m borboleta M – Sargento Nicholas Santos – 23s42100m borboleta M – Sargento Kaio Márcio – 52s77200m borboleta M – Sargento Kaio Márcio – 1m57s3350m costas M – Sargento Guilherme Guido – 25s29200m medley M – Sargento Henrique Rodrigues – 1m59s944x100m livre M – Sargento Nicholas Santos, Sargento Gabriel Mangabeira, Sargento Guilherme Guido e Sargento Henrique Rodrigues – 3m21s724x100m medley M – Sargento Guilherme Guido (costas), Sargento Tales Cerdeira (peito), Sargento Gabriel Mangabeira (borboleta) e Sargento Henrique Rodrigues (livre) – 3m41s29
100m livre F – Marinheira Tatiana Lemos Barbosa - 55s37200m costas F – Sargento Fabíola Molina – 2m15s604x100m livre F – Sargento Fabíola Molina, Sargento Joanna Maranhão, Sargento Julyana Kury e a Marinheira Tatiana Lemos Barbosa – 3m47s28
Medalhas de prata:400 medley M - Sargento Henrique Rodrigues – 4m23s0850m borboleta M - Sargento Gabriel Mangabeira – 23s92
50m costas F - Sargento Fabíola Molina – 28s4850m borboleta F - Sargento Fabíola Molina – 27s35200m borboleta F - Sargento Joanna Maranhão – 2m12s1650m peito F - Sargento Tatiane Sakemi – 32s52200m peito F – Sargento Tatiane Sakemi – 2m37s8150m livre F – Marinheira Tatiana Lemos Barbosa – 25s63200m livre F - Marinheira Tatiana Lemos Barbosa – 2m01s654x100m medley F – Sargento Fabíola Molina (costas), Sargento Tatiane Sakemi (peito), Sargento Joanna Maranhão (borboleta), e Marinheira Tatiana Lemos Barbosa (livre) – 4m09s55
Medalhas de bronze:200m medley F - Sargento Joanna Maranhão - 2m18s05100m peito F - Sargento Tatiane Sakemi – 1m11s29

30 de ago. de 2010

Com poder de polícia 2º Befron ocupa ruas de Cáceres nesta segunda

Com a entrada em vigor no ultimo dia 25 da Lei que dá mais poder às Forças Armadas nas fronteiras brasileiras, o Exército, através do 2º Batalhão de Fronteira (2º Befron), iniciou na manhã de hoje, 30, juntamente com a Policia Militar, blitz em vários pontos de Cáceres.
Além das blitz, os soldados Exército também estão posicionados em várias ruas do centro, em companhia de policiais militares.
A Lei, que teve origem no Poder Executivo, permite ao Exército, à Marinha e à Aeronáutica fazer patrulhamento dos limites territoriais, revista de pessoas e efetuar prisões em flagrante, atividades até agora exercidas apenas pela PF (Polícia Federal).
Com isso, na prática, os militares poderão agir no combate a crimes transfronteiriços, como tráfico de drogas, e ambientais, como desmatamento e tráfico de animais silvestres.
A Lei prevê ainda que eles podem agir "independente da posse, da propriedade e da finalidade" da área que fizerem o patrulhamento, em uma referência às terras indígenas.

25 de ago. de 2010

DIA DO SOLDADO

Salve 25 de Agosto !

DIA DO SOLDADO

A todos os Soldados de Caxias, apresento os meus cumprimentos pelo transcurso do dia 25 de Agosto.

Que possamos a cada novo dia, renovar o nosso compromisso perante a Bandeira Nacional e que nossos filhos e netos reconheçam em cada detalhe o trabalho desempenhado no exercício deste sacerdócio, onde a máxima “ À Pátria tudo se dá, nada se pede, nem mesmo compreensão!” tem sido nosso sol.

O Prazer de Servir

Toda a natureza é um anelo de “servir”

Serve a nuvem, serve o vento, serve a chuva.

Onde haja um erro para corrigir, corrige-o tu;

onde haja um trabalho e todos se esquivarem, aceita-o tu.

Sê o que remove a pedra do caminho,

o ódio entre os corações e as dificuldades dos problemas.

Há a alegria de ser puro e a de ser justo; mas há,

sobretudo, a maravilhosa, a imensa alegria de servir.

Que tristeza seria o mundo se tudo se encontrasse feito,

se não existisse uma roseira para plantar, uma obra para se iniciar!!!

Não te chamem unicamente os trabalhos fáceis.

É muito mais belo fazer aquilo que os outros recusam.

Mas não caias no erro de que somente há méritos nos grandes trabalhos;

há pequenos serviços que são bons serviços . . .

adornar uma mesa . . . arrumar teus livros . . . pentear uma criança . .

Aquele é o que critica; este é o que destrói: sê tu o que serve.

O servir não é faina de seres inferiores

Deus, que dá os frutos da luz, serve.

Seu nome é: “Aquele que serve”.

Ele tem os olhos fixos em nossas mãos e nos pergunta cada dia:

SERVISTE HOJE?

A quem?

A arvore? A teu irmão? À tua mãe?

(Gabriela Mistral

23 de ago. de 2010

MATA, NÃO MATA... - É O VÍDEO QUE MOSTRA ASSASSINOS PETISTAS



O vídeo anexo começa com uma pergunta : "Você executaria o embaixador?".
A resposta deixa claro que, para os guerrilheiros, só havia duas opções: acordo ou sentença de morte.
Em 1968, na Guatemala, um embaixador americano foi sequestrado e morto. No ano seguinte, no Rio, o grupo MR-8 (Franklin Martins/Gabeira) uniu-se à ALN de Marighella para sequestrar e, se necessário, matar o embaixador Charles Elbrick.
Hoje, o ministro de Lula, como a candidata Dilma Rousseff, se ufana de seu passado sem um traço de arrependimento. Às vítimas, o fardo.
Manoel Cyrillo da ALN, que também aparece no vídeo, deu uma violenta coronhada na testa do indefeso embaixador de 61 anos.
Nenhum traço de arrependimento.
Os grupos de Dilma, Franklin Martins, Dirceu, Vannucchi e outros companheiros de armas acreditavam (e continuam acreditando) que os fins justificam os meios. Comungaram com os torturadores do DOI-Codi.
Esses, assinada a anistia, perderam os poderes.
Os ex-guerrilheiros , que matavam, roubavam, sequestravam, torturavam "pelo marxismo-leninismo", estão no comando do país.
Sem lutas, com nosso aval.

20 de ago. de 2010

No TSE, Advocacia Geral anuncia fim de "Café com o Presidente"

SÃO PAULO, 20 de agosto (Reuters) - A Advocacia Geral da União (AGU) anunciou que o programa semanal de rádio "Café com o Presidente" não será mais transmitido. O anúncio foi feito durante julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em que a coligação do candidato do PSDB à Presidência, José Serra, pedia a suspensão do programa.
O programa, veiculado toda segunda-feira, trazia, sob forma de entrevista, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentando sobre ações do governo federal. A coligação de Serra pedia a suspensão do programa por considerar que, na edição da última segunda-feira, ele interferiu no processo de sucesão presidencial em favor da candidata petista, Dilma Rousseff.
No último dia 16, Lula usou o programa para falar da visita que fez às obras das usinas hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, em Rondônia, e previu que as duas unidades de geração de energia vão gerar 25 mil empregos.
Apesar do anúncio da AGU de que o programa não será mais transmitido e de considerar que, com essa decisão, a ação ajuizada pela candidatura tucana fica prejudicada, o TSE informou em seu site na Internet que seguirá com o julgamento da ação.
"Em virtude do pedido de multa feito contra o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, a candidata Dilma Rousseff, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Franklin Martins, e a diretora-presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Tereza Cruvinel", justificou a corte.

17 de ago. de 2010

Viúvas de mortos no Haiti querem seguro em dobro-GENS 78 TOMEM UMA ATITUDE, ABRIR PRECEDENTE??????

Mulheres de militares argumentam que maridos estavam a serviço no país
Responsável por seguro, Poupex diz que apólice não previa pagamento em caso de terremoto, mas arca com benefício
Viúvas dos militares brasileiros mortos no terremoto do Haiti em janeiro exigem pagamento em dobro do seguro de vida porque os maridos estavam a serviço. Responsável pelas apólices, a Poupex
diz que há "um equívoco de interpretação".
A entidade, gerenciada pela Fundação Habitacional do Exército, quer pagar entre R$ 100 mil e R$ 250 mil, como publicou no domingo o colunista da Folha Elio Gaspari.
"O fato de os militares terem falecido no cumprimento de uma missão humanitária do Exército brasileiro não altera o valor concedido, uma vez que a origem dos óbitos foi um terremoto", diz em nota a entidade.
A Poupex afirma que a apólice não prevê pagamento em caso de terremoto. Alega que, mesmo assim, "em lugar de adotar postura mais confortável", se propôs a pagar o seguro, porém, não em dobro, como querem familiares das vítimas.
O Exército confirma as informações da Poupex e diz que, em "caráter excepcional", foi proposto o pagamento do seguro.
Dezoito militares brasileiros morreram no terremoto do Haiti. Eles participavam de missão da ONU no país.
O governo brasileiro prometeu indenizar com R$ 500 mil cada família de militar morto, além de dar auxílio de R$ 510 mensais por filho em idade escolar. Até hoje, a promessa não foi cumprida.
Ontem o Ministério da Defesa afirmou que, no dia 5 passado, o governo pediu ao Congresso autorização para liberar R$ 10,1 milhões e pagar as indenizações.

AÇÃO JUDICIAL
A professora e bancária Cely Zanin -viúva de um oficial morto no terremoto- disse ontem que entrará com ação judicial para receber o seguro por morte acidental do marido.
O coronel João Eliseu Souza Zanin, 46, morreu quando o quartel-general da ONU desabou durante o terremoto.
Cely, 43, diz que ela e as outras 17 viúvas dos militares receberam das seguradoras metade do que ela diz acreditar ser de direito porque a morte deles foi considerada "natural" pelas seguradoras.
"Já estamos providenciando a ação porque não achamos justo. Nós não vamos recuar e vamos lutar até o final pelo direito dos nossos maridos. Provavelmente serão as 18 viúvas e será neste mês."
Ela afirma também não ter recebido os R$ 500 mil prometidos pelo presidente Lula logo após o terremoto nem a ajuda de custo mensal para os filhos. Cely tem dois, um de 17 e outro de 18 anos.
"Foi noticiado, saiu na imprensa internacional, mas até hoje não recebemos nada. A ajuda de custo prometida de R$ 510 aos filhos para o estudo também não recebemos e o ano está acabando", disse ela.
"Essa ajuda prometida pelo Lula é muito importante também. Da Poupex [seguro pago por cerca de 30 anos, segundo ela] recebi por morte natural, em torno de R$ 280 mil."
Se fosse por morte acidental, o pagamento teria sido de pelo menos R$ 560 mil.
"O problema da Poupex e do Bradesco em nos pagarem a diferença é abrir precedentes para os 2.000 homens que estão lá no Haiti hoje. Porque eles estão descobertos pelo seguro. Aí vem o seguro e diz que foi morte natural", disse ela, que contou ter recebido US$ 50 mil da ONU dois meses após a morte.
A Folha não conseguiu contato com a seguradora do Bradesco. (MAURÍCIO SIMIONATO e HUDSON CORRÊA)

16 de ago. de 2010

14 de ago. de 2010

Eleições...

13 de ago. de 2010

Funcionários da Gol definem reivindicações e entram em estado de greve

Em assembleia realizada na tarde desta sexta-feira em São Paulo, no Sindicato Nacional dos Aeronautas, funcionários da companhia aérea Gol definiram uma pauta de reivindicações e decretaram estado de greve até uma negociação com a empresa. Cerca de 180 funcionários compareceram à assembleia. A principal reclamação, novamente, foi em relação à escala de trabalho e salários defasados. O estado de greve é uma situação política, uma ameaça de greve, que os funcionários usam para pressionar a empresa. Na prática não altera o trabalho, pois não há paralisação.
Na pauta dos pilotos, copilotos e comissários foi exigido o cumprimento da regulamentação profissional, reajuste salarial e pagamento de plano de saúde e de previdência complementar.
Para pressionar a empresa, um comissário chegou a propor uma "operação tartaruga", que foi rechaçada pelos presentes. O estado de greve, no entanto, foi considerado uma boa maneira de causar repercussão na imprensa e pressionar a Gol.
Para tentar diminuir a diferença salarial entre pilotos, copilotos e comissários, a proposta é que seja repassado aos comissários e copilotos o mesmo percentual de reajuste concedido aos comandantes em 2007, quando eles passaram a ganhar mais por hora de voo. Os funcionários pedem também que o salário fixo seja equivalente a 54 horas de voo, multiplicadas pelo valor reajustado da hora.
BRIGA
A assembleia também revelou divergências internas do sindicato, com momentos de discussão acalorada entre diretores. Eles brigaram para definir se todos os 14 diretores negociariam com a empresa ou se a negociação seria feita por uma comissão. Em votação, os funcionários decidiram pela comissão.
Outro item colocado na pauta foi o que eles consideram como um desvio de função do comissário. A proposta ém que eles não sejam mais responsáveis por vender produtos no avião nem pela limpeza da cabine de passageiros.
A pauta de reivindicações será entregue ainda hoje à empresa, para que haja uma resposta da Gol até a segunda audiência marcada com o Ministério Público do Trabalho, no próximo dia 20 de agosto. Na primeira audiência, a empresa rejeitou acordo para manter as escalas da tripulação dentro das regras legais.
Um assembleia também foi realizada por funcionários da Gol no Rio, na tarde de hoje. Como houve baixa participação, eles decidiram seguir a decisão dos colegas em São Paulo.
O Sindicato Nacional dos Aeroviários (funcionários que trabalham em terra) realiza assembleias em diversas cidades do país, e devem chegar a um acordo até o fim da tarde.
Em nota, a Gol informou que "os posicionamentos assumidos pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas em reunião realizada hoje não acarretam qualquer impacto em suas operações. A companhia informa que seus voos seguem normalmente e com bons índices de pontualidade e regularidade nesta sexta-feira".

10 de ago. de 2010

A saga do Mercosul

A 29.ª Reunião do Conselho do Mercosul, realizada em San Juan, na Argentina, no início de agosto, ocorreu num momento particularmente delicado para os países da América do Sul.
A temperatura entre a Colômbia e a Venezuela, em consequência das acusações do então presidente Álvaro Uribe sobre a presença das Farc em território venezuelano, subiu a um ponto crítico com mobilização de tropas na fronteira. No âmbito da Unasul, os esforços diplomáticos para reduzir a crise fracassaram, pela ausência de uma clara liderança que pudesse produzir pontos de convergência e pela omissão de seu presidente, Néstor Kirchner, que nem sequer compareceu ao encontro.
A Venezuela ameaça suspender o fornecimento de petróleo aos EUA caso seja atacada por forças militares colombianas. Se isso vier a ocorrer, o que não parece provável, em vez de afastar os EUA do centro da controvérsia entre países sul-americanos, como quer o Brasil, Washington passaria a ter papel crucial. Como perto de 13% do petróleo consumido pelos EUA vem da Venezuela, a questão se transformaria em tema de segurança nacional e determinaria a tomada de medidas drásticas por Washington para defender seus interesses.
Chile e México decidiram reconhecer o governo de Honduras, deixando o Brasil isolado com os países bolivarianos contra o reingresso de Tegucigalpa na Organização dos Estados Americanos (OEA). As Farc passaram a ser tema na campanha presidencial brasileira, quando foram lembrados antigos laços do PT e de alguns de seus dirigentes com o movimento guerrilheiro colombiano.
Enquanto os problemas institucionais do Mercosul persistem e a desintegração regional se amplia com a crise Colômbia-Venezuela, o governo brasileiro parece estar mais preocupado com o conflito no Oriente Médio e em encontrar uma fórmula para resolver as divergências entre a comunidade internacional e o Irã, em razão do controvertido programa nuclear de Teerã.
As críticas do candidato da oposição José Serra ao Mercosul e a suas deficiências institucionais ecoaram fortemente na reunião presidencial.
O ministro Celso Amorim, em entrevista ao jornal Clarín, de Buenos Aires, na semana passada, disse que "as críticas ao Mercosul e a possibilidade de seu retorno a uma área de livre-comércio significam um grande retrocesso" e que isso não vai ocorrer "porque representa interesses de curto prazo".
Em resposta indireta a Serra, certamente por inspiração brasileira, os presidentes afirmaram que o Mercosul é um desafio histórico, que compromete a vontade dos seus povos e constitui uma aliança estratégica para enfrentar os desafios do atual contexto internacional. Coincidência ou não, depois de mais de seis anos foram finalmente aprovados o Código Aduaneiro do Mercosul, a eliminação da dupla cobrança da Tarifa Externa Comum e a distribuição da renda aduaneira. Embora com prazos dilatados para entrarem em plena vigência, os acordos foram sinais positivos. Os presidentes reconheceram também a necessidade de avanços institucionais, recomendando retoricamente esforços adicionais para fortalecer o Parlamento, o mecanismo de solução de controvérsias e o sistema normativo, a fim de produzir resultados concretos para a integração regional.
O presidente Lula não perdeu a oportunidade de intrigar Serra com os países do Mercosul. Afirmou que "a elite, alguns empresários e políticos consideram perda de tempo a negociação com o Mercosul. Em vez de países pequenos, eles querem negociar com a Alca", numa distorcida e equivocada simplificação, que esquece os entendimentos com a União Europeia, aliás, sem avanços efetivos até aqui.
Em mais um exemplo da influência da política externa nas negociações comerciais, os países membros assinaram um acordo comercial com o Egito, de pouca relevância do ponto de vista econômico, mas politicamente correto, para fazer contraponto ao já assinado com Israel, e anunciaram a negociação de outros com a Jordânia, a Síria e a Autoridade Palestina. Continuaram as pressões sobre o Paraguai para aprovar a entrada da Venezuela no Mercosul.
Talvez o ato mais significativo assinado no encontro de San Juan tenha sido o Acordo sobre o Sistema Aquífero Guarani, em negociação desde 2004, regulando a conservação e o aproveitamento sustentável pelos países do Mercosul de uma das maiores reservas subterrânea de água doce do mundo, com mais de 1 milhão de km2. Foram igualmente aprovados nove projetos, no valor de US$ 800 milhões, para a construção de estrada no Paraguai e a implantação de linhas de transmissão elétrica na Argentina, no Paraguai e no Uruguai, financiados pelo Fundo para a Convergência Estrutural do Mercosul, em larga medida integralizados com recursos financeiros do Brasil.
Os presidentes dos países membros do Mercosul trataram da crise entre a Venezuela e a Colômbia e concluíram, sintomaticamente, propondo a convocação de nova reunião da Unasul, agora em nível presidencial.
Durante a última presidência do Mercosul no governo Lula, o Brasil quer discutir os próximos 20 anos do processo de integração, quem sabe acreditando que o PT nesse período estará à frente do governo no Brasil. Na impossibilidade de avanços concretos na área institucional, como evidenciado pelo desrespeito à Tarifa Externa Comum, reconhecido pelo próprio titular do Itamaraty, o Brasil quer promover um esforço adicional para aumentar a visibilidade do Mercosul, para apoiar a participação social e para fazer um balanço sobre os rumos futuros da integração regional. A distância entre a retórica dos governos e a realidade dos fatos continuará aumentando.
Com a recuperação das economias dos países membros, o comércio intra-Mercosul vai crescer, independentemente da existência do grupo como uma união aduaneira.Rubens Barbosa -EX-EMBAIXADOR EM WASHINGTON (1999-2004)

8 de ago. de 2010

Dia dos Pais


recados orkut

7 de ago. de 2010

FAB e Marinha com poder de revista e prisão-FORÇAS ARMADAS VIRAMOS PORTEIROS.......GENERAIS ATÉ QUANDO...QUEM É O CMT SUPREMO DA FORÇAS ARMADAS?PT?

Rio - O Senado aprovou em plenário projeto de lei complementar de iniciativa do Executivo que aumenta o poder de polícia dos militares das Forças Armadas em ações de combate ao tráfico de drogas, armas e contrabando. A proposta (PLC 10/2010) também concentra no Ministério da Defesa o poder de nomear os comandantes da Marinha, Exército e Aeronáutica, além de unificar o Estado-Maior das três forças. As propostas, integram a Estratégia Nacional de Defesa, aprovada por decreto há dois anos.
O projeto ainda ressalta que “as iniciativas destinadas a formar quadros de especialistas civis em defesa permitirão, no futuro, aumentar a presença de civis em postos dirigentes do Ministério da Defesa”. A nova estratégia (confira a íntegra aqui) estabeleceu a criação da carreira civil de especialista em Defesa, mas ainda não há uma previsão para a abertura de concurso público nessa área pelo governo federal.
O projeto aprovado ontem vai agora à sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele recebeu parecer favorável da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado e foi lido em plenário pelo senador Heráclito Fortes (DEM-PI). Em seu relatório, o parlamentar sublinhou o mérito da proposta de criação do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, órgão de assessoramento máximo militar do ministro da Defesa.
Heráclito Fortes também classificou como positiva a maior participação atribuída aos civis “em uma área até muito pouco tempo praticamente exclusiva de militares”.
ENTENDA
FLAGRANTE-Com o projeto aprovado ontem no Senado, Marinha e Aeronáutica passam ter mesma autoridade do Exército para, nas fronteiras, revistar e prender suspeitos em caso de flagrante delito.
APOIO-A ação das Forças Armadas será preferencialmente em apoio às políticas federal e dos estados. Mas poderá acorrer também de forma singular por militares de qualquer uma das três Forças. Hoje, por exemplo, a FAB podia forçar o pouso de uma aeronave suspeita, mas tinha que acionar a Polícia Federal para prender pilotos e tripulantes.
PROTEÇÃO-Com a sanção do projeto, militares das Forças Armadas passarão a ter proteção legal para ações de polícia nas fronteiras. Quando indiciados por esse tipo de atividade, terão defesa nos tribunais bancada pelo Governo.

Chávez lamenta fim de mandato de Lula e espera vitória de Dilma

Brasília - O líder venezuelano, Hugo Chávez, lamentou na última sexta-feira o fim do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deixa o cargo em 31 de dezembro, mas disse esperar a vitória eleitoral da petista Dilma Rousseff, sem mencionar o nome da candidata."Temos a esperança de que entregue a Presidência já sabemos a quem, não vou dizer o nome, porque não quero que me acusem de ingerência" em assuntos internos do Brasil, disse Chávez na presença de Lula no Palácio de Miraflores, sede do governo venezuelano. Previamente a essa reunião, o governante venezuelano já havia deixado clara sua predileção por Dilma, mas também sem citar o nome dela."Lamento que (Lula) saia da Presidência, mas sei que será substituído pela pessoa que queremos", disse Chávez. "Não quero interferir nos assuntos internos, mas tenho meu coração". Lula visitou Caracas para a reunião trimestral entre Brasil e Venezuela, antes de viajar a Bogotá para comparecer amanhã à posse do novo presidente colombiano, Juan Manuel Santos.Durante o encontro entre Lula e Chávez, foram assinados 27 acordos de cooperação em áreas como agricultura, finanças públicas, projetos sociais, relações fronteiriças e tecnologia.

Fidel Castro reaparece no Parlamento após quatro anos

O líder cubano Fidel Castro apareceu neste sábado (7) no Parlamento pela primeira vez desde que deixou o poder há quatro anos devido a uma enfermidade. Uma sessão extraordinária do Parlamento foi convocada para este sábado com o objetivo de debater a teoria de Fidel Castro sobre uma guerra
A sessão foi transmitida ao vivo por emissoras de rádio e televisão, com a presença da imprensa estrangeira."O Irã não cederá um ápice frente às exigências dos Estados Unidos e de Israel", disse o ex-mandatário, que incentivou o presidente americano a evitar com todos os meios um conflito armado. O discurso de Fidel durou cerca de 10 minutos.
Fidel Castro, que completa 84 anos em 13 de agosto, foi vestido com seu tradicional traje verde-oliva, mas sem os distintivos militares. Junto com ele estava o irmão Raúl, atual presidente do país.
Nos últimos meses Fidel esteve mais presente na vida pública, fazendo aparições e inclusive apresentando seu novo livro "A Vitória estratégica", volume de 800 páginas nas quais ele faz um balanço de sua infância e juventude, que o levaram a se converter em um revolucionário, e relata com detalhes suas ações guerrilheiras ao derrotar o governo do ex-ditador Fulgêncio Batista.

4 de ago. de 2010

Força Aérea Brasileira realiza lançamento de foguete experimental

Está previsto para hoje o lançamento de um foguete experimental FTI (Foguete de Teinamento Intermediário) a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Estado do Maranhão. Essa atividade faz parte do Projeto Fogtrein I 2010, desenvolvido conjuntamente pela Avibrás Indústria Aeroespacial e o Instituto de Estudos Avançados (IEAv) do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA).
O FTI tem cinco metros de comprimento, pode atingir até 60 km de altura e 90 km de distância e seu voo dura, em média, quatro minutos. O foguete possui compartimentos internos para transportar até 30 kg de carga útil, composta de instrumentação científica para realização de experimentos em baixas altitudes.
Segundo o diretor interino do CLA e coordenador geral de ensaios, tenente-coronel aviador Ricardo Rodrigues Rangel, os foguetes da família Fogtrein poderão ser utilizados nas atividades de treinamento dos centros de lançamento CLA e CLBI (Centro de Lançamento Barra do Inferno) e exportados para outros países.
No último dia 26 foi lançado o foguete FLB (Foguete de Lançamento Básico), que também faz parte do projeto Fogtrein. O veículo alcançou 31.942 metros de altitude, permanecendo 166 segundos no ar até cair em alto mar, a 13,2 km da costa. A previsão é de que o FTI esteja disponível para lançamentos portando carga científica útil após a conclusão dos disparos experimentais, que irão até o início de 2011.

2 de ago. de 2010

Tropas de combate dos EUA deixam o Iraque no final de agosto, anuncia Obama

Após sete anos de um conflito que mobilizou 1 milhão de soldados americanos, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou o fim da guerra do Iraque. Até o dia 31 de agosto todas as forças de combate deixarão o país, e uma equipe de transição com 50 mil tropas ficará em solo iraquiano até o fim de 2011.
Obama confirmou que mais de 90 mil tropas voltarão para os EUA até o final do mês e em discurso aos veteranos de diversas guerras que os EUA travaram com outros países, relembrou que o final da guerra estava de acordo com suas metas de campanha. "Deixei claro que em 31 de agosto terminaríamos nossa missão de combate no Iraque. E isso é exatamente o que vamos fazer, como prometemos, e dentro do prazo", afirmou.
O presidente disse ainda que os esforços estão mudando, e que a partir de agora os combatentes gradativamente darão lugar aos diplomatas, até que no final do ano que vem as forças de segurança do próprio país estejam treinadas para assumir totalmente o controle.
VIOLÊNCIA
Os problemas enfrentados pelo país, no entanto, parecem longe de acabar. O índice da violência no Iraque voltou a subir no mês de julho, no qual morreram 535 pessoas, muito acima dos 284 mortos em junho passado, informaram nesta segunda-feira fontes do ministério iraquiano do Interior. O mês foi o mais letal no país nos últimos dois anos.
Entre os falecidos se encontram 89 policiais e soldados iraquianos, dos quais 34 morreram em Bagdá. Do total de mortos, 176 perderam a vida em ataques na capital.
Os EUA rejeitam as estatísticas e afirmam que menos de 200 soldados morreram no último mês, informou a rede americana CNN.
Em seu discurso, Obama também rejeitou os números, afirmando que "o nível de violência no Iraque é hoje um dos mais baixos desde o início da guerra".
AUSÊNCIA DE GOVERNO
Outro motivo de dúvida quanto à estabilização do Iraque é a incapacidade de instalar um governo que seja reconhecido por todas as facções políticas. O país ainda não conseguiu formar um governo quase cinco meses após as eleições de 7 de março, quando venceu a aliança Al Iraqiya (O Iraquiano), liderada pelo ex-primeiro-ministro Iyad Allawi, que conseguiu 91 das 325 cadeiras do Parlamento unicameral.
Em seguida se situaram as coalizões Estado de Direito, presidida pelo atual primeiro-ministro, Nouri al Maliki, com 89 deputados; e a Aliança Nacional Iraquiana, antiga parceira do governo de al Maliki, com 70 assentos. A Aliança Curda, com 43 cadeiras, é a quarta força parlamentar. A aliança de Allawi e a de al Maliki disputam o direito de serem as encarregadas de formar o novo Executivo. A primeira por ter sido a vencedora das eleições de março e a segunda por formar, após um acordo com a Aliança Nacional Iraquiana, a bancada mais numerosa.
Uma série de recontagem de votos e pedidos de impugnação de candidaturas, além de diversos atentados a bomba deixando vários mortos marcaram o período eleitoral e os meses seguintes ao pleito.
NOVA GERAÇÃO
Para Obama a guerra do Iraque provou a existência de uma "nova geração" de líderes americanos. "Nossas tropas enfrentaram insurgentes, terrorismo e diversos desafios", argumentou.
Falando aos veteranos, Obama agradeceu a militares que lutaram e chefiaram tropas durante os sete anos do conflito. "Mais mulheres foram testadas em combate no Iraque do que em qualquer outra guerra", disse.
Para o presidente é importante que os veteranos voltando do Iraque sejam bem recebidos. "Quando nossos soldados voltaram do Vietnã, foram desprezados, o que foi uma desgraça nacional. Desta vez vamos garantir que ao voltar para casa, os veteranos do Iraque sejam respeitados", afirmou.
AFEGANISTÃO
Apesar do término dos combates no Iraque, Obama reiterou a importância de manter as tropas na guerra do Afeganistão, onde os insurgentes talebans aumentam a pressão nos conflitos.
"Foi no Afeganistão e nas aldeias tribais que a Al Qaeda planejou e treinou terorristas que executaram as 3.000 mortes no dia 11 de setembro", disse.
Defendendo a manutenção do Exército dos EUA no Afeganistão, Obama disse que seu governo jamais permitirá que a Al Qaeda seja bem sucedida em perpetrar um novo atentado em solo americano.
"Caso a insurgência tome conta do Afeganistão e de certas regiões do Paquistão, a Al Qaeda poderia planejar outro ataque aos EUA, e como presidente, eu me recuso a deixar isto acontecer", disse.
Ao contrário do premiê britânico David Cameron, que acusou o governo paquistanês de "exportar o terrorismo" e fazer "jogo duplo" na guerra afegã, aliando-se tanto às potências ocidentais quanto aos militantes talebans, Obama reiterou que o Paquistão "é um importante aliado" no conflito.
"Vamos desestruturar, desestabilizar, e finalmente derrotar a Al Qaeda", indicou o chefe de Estado americano.
Após o discurso, Obama deve participar de um almoço de angariação de fundos para o Comitê Nacional Democrata, o seu mais recente esforço para obter verbas para a campanha para as eleições legislativas de novembro.