27 de fev. de 2010

Exilados invadiram consulado do Brasil em Miami para protestar contra Lula


Aos gritos de "Cuba livre", "Lula cúmplice" e "Liberdade", militantes da Assembleia da Resistência, constituída de exilados cubanos, ocuparam nesta sexta-feira o consulado do Brasil em Miami para protestar contra a "cumplicidade do presidente Lula" em relação à ditadura cubana, da qual escaparam. Eles se referiam ao fato de Lula manter constrangedor silêncio sobre a morte do preso político Horacio Zapata exatamente no dia da visita do presidente brasileiro a Havana.

Nos cometários da página do YouTube, brasileiros deixam mensagens de solidariedade, pedindo desculpas pelo vergonhoso comportamento do presidente e do governo brasileiros.
http://www.claudiohumberto.com.br/principal/index.php

26 de fev. de 2010

MYRRIA - A CRÍTICA

AROEIRA - O DIA

Jair Bolsonaro: Contra gays nas Forças Armadas

Deputado federal (PP-RJ)

Rio - O comandante é o espelho da tropa! Esta é a primeira lição que se aprende no quartel. Um comandante gay assumido certamente causaria constrangimento de seus subordinados perante os demais colegas de farda.

Da mesma forma, pastores e padres gays assumidos também afastariam fiéis. É a realidade não demagógica. Não se trata de condenar opção sexual, mas há de se considerar profissões ou ofício que não combinam com determinadas condutas. Isto não é discriminação, apenas uma constatação. Políticos ou ativistas que recriminam o general Cerqueira são os que defendem reserva de cotas para ex-condenados, mas não os empregam em seus gabinetes ou residências. Ao entregar seu filho para o serviço militar, o pai tem a certeza de que lá ele irá moldar seu caráter em valores morais e éticos. Não quer vê-lo, receber ordens de alguém que poderá aliciá-lo para o homossexualismo, como se isto fizesse parte da normalidade em nossa sociedade.

Se passarmos a dar comandos a homossexuais, as Forças Armadas sofrerão, rapidamente, processo de descrédito, com comprometimento do seu dever constitucional já que se alicerça na hierarquia e disciplina.
Aos críticos, costumo dizer que gozamos de tantos privilégios que nenhum deles têm um só filho na carreira das armas. A verdade para os moralistas de plantão dói na alma. Vivem da mentira e da calúnia.

Um casal unido sob a benção de Deus, ao esperar um filho, nunca diz que teria orgulho se o mesmo se revelasse gay no futuro. Que hipocrisia é esta de passeatas de “orgulho” gay?

Respeitemos a opção sexual dessa minoria, mas não podemos tolerar quando estes querem que os aceitemos, no seio de nossa família, ou em algumas profissões, como se isto fosse um padrão de vida para servir de exemplo e orgulho para todos.

25 de fev. de 2010

São Luiz Inácio


São Luiz Inácio: ele fica irritado com quem ainda não se convenceu que ele já foi canonizado em vida

Irritado, Lula lamenta morte de dissidente cubano em greve de fome

Presidente diz não ter recebido carta de grupos opositores com pedido para que intercedesse por presos políticos

Tânia Monteiro, ENVIADA ESPECIAL, HAVANA

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100225/not_imp515824,0.php


ENCONTRO - Lula visita Fidel (E), acompanhado de Raúl (D): para brasileiro, ex-presidente está recuperado

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva irritou-se com as informações de grupos de direitos humanos, segundo as quais pediram uma audiência a ele para que intercedesse junto ao governo cubano em favor do preso político cubano Orlando Zapata Tamayo, que morreu na terça-feira após 85 dias de greve de fome. "Se tivessem pedido pra conversar comigo, eu teria conversado com eles e qualquer presidente teria conversado. Não nos recusamos a conversar", disse Lula. Ele afirmou que não recebeu nenhuma carta ou pedido para intermediar o caso e, se tivesse recebido, talvez pudesse ter procurado Zapata e evitado a morte dele porque é contra a greve de fome.

Lula, na verdade, esquivou-se de comentar as acusações de violações dos direitos humanos em Cuba e a prisão de ativistas políticos no país, limitando-se a responder o fato de não ter recebido o pedido para intermediar a questão. Questionado sobre se não era ruim para sua biografia não condenar as prisões políticas, Lula disse que sua solidariedade não pode ser questionada e voltou a fazer críticas aos dissidentes.

"Temos de lamentar, como ser humano, sobre alguém que morreu porque decidiu fazer greve de fome, que vocês sabem que eu sou contra porque fiz greve de fome", afirmou Lula. "Se essas pessoas tivessem falado comigo antes, eu teria pedido para ele parar a greve e quem sabe teria evitado que ele morresse. Lamento profundamente que uma pessoa se deixe morrer por uma greve de fome."

O presidente lembrou a sua experiência de quando fez greve de fome e avisou que nunca mais faz isso. E fez um alerta aos ativistas: "As pessoas precisam parar com o hábito de fazer cartas, guardarem para si e depois dizerem que mandaram para os outros. Quando uma pessoa manda uma carta para um presidente, no mínimo, só pode dizer que o presidente a recebeu se protocolar a carta."

O assessor internacional do presidente, Marco Aurélio Garcia, disse que a carta não chegou a Lula nem houve pedido de audiência. "Há problemas de direitos humanos no mundo inteiro", declarou. O governo evita abordar questões delicadas de países que considera amigos.

O presidente cubano, Raúl Castro, por seu lado, lamentou a morte do ativista e responsabilizou os EUA por ela. O cubano disse-se disposto a conversar com Washington sobre "tudo", mas em igualdade de condições. "Lamentamos muito. Ele (Zapata) foi sentenciado a 3 anos por ter causado problemas e foi levado a nossos melhores hospitais. Morreu. Lamentamos muito", disse. Em seguida, afirmou: "Em meio século, não assassinamos ninguém aqui. Aqui ninguém foi torturado. Houve tortura na Ilha de Cuba, mas na base de Guantánamo, que não é nosso território."

Lula reuniu-se com Fidel Castro na residência dele. Lula encontrou Fidel "recuperado" e "excepcionalmente bem". Segundo Lula disse a assessores, a situação de Fidel hoje é muito diferente da de 2008, quando o visitou em uma casa de repouso.

REAÇÕES
Raúl Castro
Presidente de Cuba
"Lamentamos muito. Ele (Zapata) foi condenado por ter causado problemas e foi levado a nossos melhores hospitais"
"Isso (a morte) se deve à confrontação que temos com os EUA. A confrontação fez Cuba perder milhares de cubanos. Sobretudo na primeira década, vítimas de terrorismo de Estado. Entre mortos e feridos, que ficaram deficientes e mutilados, por volta de 5 mil"
Marco Aurélio Garcia
Assessor internacional do Palácio do Planalto
"Há problemas de direitos humanos no mundo inteiro"

24 de fev. de 2010

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23 de fev. de 2010

'Nova' Telebrás beneficia cliente do ex-ministro José Dirceu

Dirceu recebe de empresa por trás da Telebrás - Petista foi contratado por ao menos R$ 620 mil por empresa beneficiada com reativação da estatal de telecomunicações - Empresa nas Ilhas Virgens Britânicas comprou por R$ 1 rede de fibras ópticas que será usada por Telebrás e pode ficar com R$ 200 mi

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O líder petista e ex-ministro da Casa Civil José Dirceu participa do congresso do PT ocorrido no último final de semana em Brasília

O ex-ministro José Dirceu recebeu pelo menos R$ 620 mil do principal grupo empresarial privado que será beneficiado caso a Telebrás seja reativada, como promete o governo.

O dinheiro foi pago entre 2007 e 2009 por Nelson dos Santos, dono da Star Overseas Ventures, companhia sediada nas Ilhas Virgens Britânicas, paraíso fiscal no Caribe. Dirceu não quis comentar, e Santos declarou que o dinheiro pago não foi para “lobby”.

Tanto a trajetória da Star Overseas quanto a decisão de Santos de contratar Dirceu, deputado cassado e réu no processo que investiga o mensalão, expõem a atuação de uma rede de interesses privados junto ao governo paralelamente ao discurso oficial do fortalecimento estatal do setor.

De sucata a ouro

Em 2005, a “offshore” de Santos comprou, por R$ 1, participação em uma empresa brasileira praticamente falida chamada Eletronet. Com a reativação da Telebrás, Santos poderá sair do negócio com cerca de R$ 200 milhões.

Constituída como estatal, no início da decada de 90, a Eletronet ganhou sócio privado em março de 1999, quando 51% de seu capital passou para a americana AES. Os 49% restantes ficaram nas mãos do governo. Em 2003, a Eletronet pediu autofalência porque seu modelo de negócio não resistiu à competição das teles privatizadas.

Resultado: o valor de seu principal ativo, uma rede de 16 mil quilômetros de cabos de fibra óptica interligando 18 Estados, não cobria as dívidas, estimadas em R$ 800 milhões.

Diante da falência, a AES vendeu sua participação para uma empresa canadense, a Contem Canada, que, por sua vez, revendeu metade desse ativo para Nelson dos Santos, da Star Overseas, transformando-o em sócio do Estado dentro da empresa falida.

A princípio, o negócio de Santos não fez sentido aos integrantes do setor. Afinal, ele pagou R$ 1 para supostamente assumir, ao lado do Estado, R$ 800 milhões em dívidas.

O ex-ministro não quis comentar.

22 de fev. de 2010

Você é importante nesta rede

Este será um blog diferente. Será acessado apenas pelos blogueiros que formarão a rede. Com login e senha. Dentro dele, conteúdos que colocaremos na rede. Estratégias. Táticas. Vamos montar uma grande rede em defesa da democracia. Precisamos de adesões, muitas adesões. Este movimento não tem dono. Tem apenas uma articulação e, com o passar do tempo, terá várias frentes de ação. Vamos brincar com eles de forma organizada? Coloque na área de comentários o endereço do seu blog e um e-mail para contato. Os e-mails não serão publicados.

Observação: não há como não mostrar e-mails. Coloquem um e-mail que não seja pessoal, se isto for problema, ok? E peçam para deletar os que não querem mostrar o mesmo.

http://blogspelademocracia.blogspot.com/

21 de fev. de 2010

Lula inaugura viagens de despedida com 'giro' pela América Latina

Em seu último ano de mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva dá início, neste domingo, a uma viagem de sete dias por quatro países da América Latina - México, Cuba, Haiti e El Salvador - inaugurando um ciclo de despedidas que deve durar até agosto.
De acordo com o Palácio do Planalto, os países visitados são representativos da diplomacia brasileira para a região.
"O presidente tem escolhido muito bem as viagens que fará neste ano", disse o porta-voz da Presidência, Marcelo Baumbach, citando Cuba como exemplo de um país que é "prioridade da nossa política externa".
O argumento também se aplica ao Haiti, país que antes mesmo do terremoto do mês passado já era alvo das pretensões da diplomacia brasileira na América Latina.
Em El Salvador, Lula tem encontro marcado com o presidente Maurício Funes, considerado por muitos como um "discípulo" do presidente brasileiro - e que mantém, inclusive, uma forte ligação com o Partido dos Trabalhadores (PT).
Cúpula
O roteiro da viagem começa pela cidade de Cancún, no México, onde o presidente Lula participa, até terça-feira, da 2ª Cúpula da América Latina e do Caribe, um fórum de chefes de Estado criado em 2008 como uma tentativa de integrar os países da região sem a participação de Estados Unidos e Canadá.
A expectativa é de que o principal assunto do encontro seja a reintegração de Honduras à Organização dos Estados Americanos (OEA).
Segundo diplomatas ouvidos pela BBC Brasil, o governo brasileiro estaria disposto a reconhecer o governo de Porfírio Pepe Lobo, mas "com condições".
Lobo foi eleito em novembro passado após um período de cinco meses em que o então presidente, Manuel Zelaya, foi deposto do cargo e exilado (ele retornou clandestinamente depois e ficou abrigado na Embaixada do Brasil em Tegucigalpa até o dia da posse de Lobo).
O governo brasileiro argumenta que o reconhecimento "automático" do governo Lobo seria um "mau exemplo" em uma região com histórico de instabilidade política.
De acordo com um diplomata, a idéia é aproveitar a reunião de chefes de estado em Cancún para "sugerir" ajustes no processo político de Honduras, entre eles a instauração de uma comissão da verdade que investigue os fatos ocorridos durante a crise.
Segundo essa mesma fonte, a sugestão brasileira deverá encontrar "obstáculos", já que alguns países da América Central, como Costa Rica e El Salvador, têm interesse em restabelecer "imediatamente" as relações com Tegucigalpa.
"São países que têm suas econômicas diretamente ligadas à hondurenha e não podem se dar ao luxo de esperar que essas condições sejam implementadas", diz o diplomata.
Investimentos
Na terça-feira, o presidente parte para Cuba, onde deverá anunciar uma segunda parcela de investimentos na construção do porto de Mariel, no valor de US$ 300 milhões. Outros US$ 150 milhões já foram desembolsados.
Segundo dados da Presidência, durante a gestão do presidente Lula foram investidos US$ 1 bilhão na ilha. "Cuba é uma espécie de emblema daquilo que se quer mudar na relação hemisférica", disse à BBC Brasil uma fonte do Palácio do Planalto.
Existe também a expectativa de que novos investimentos no Haiti sejam anunciados durante a visita do presidente ao país, na quinta-feira.
Em janeiro, o governo brasileiro aprovou a liberação de US$ 375 milhões ao país caribenho, sendo a maior parte para reforçar o orçamento da operação militar.
Já em El Salvador, onde fica de quinta-feira até sábado, o presidente brasileiro deverá detalhar, com Funes, o financiamento já anunciado pelo BNDES para renovação da frota de ônibus do país, no valor de US$ 300 milhões.

20 de fev. de 2010

Argentina quer apoio de vizinhos

A Argentina vai pedir apoio oficial dos países vizinhos para tentar reverter a decisão britânica de explorar petróleo nas Ilhas Malvinas, arquipélago cuja soberania da Grã-Bretanha é contestada por Buenos Aires. A informação foi dada pelo vice-presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados da Argentina, Ruperto Godoy, em entrevista concedida à BBC. Gogoy é o porta-voz oficial do governo para a questão das Malvinas.
– Estou certo de que não haverá problema para coordenar com nossos países irmãos esta decisão tomada pela Argentina – disse o deputado.
O pedido de ajuda acontecerá neste fim de semana em Cancún, no México, durante a reunião do Grupo do Rio, conselho formado por diversos países da América Latina e do Caribe.
Gogoy disse não ter “a menor dúvida de que a Argentina encontrará solidariedade de todos os países”.
Buenos Aires protesta contra a iniciativa britânica de iniciar a exploração de petróleo nas Malvinas, convocando licitações sem comunicar a Argentina, com primeira plataforma de exploração já à caminho das Malvinas.
– Existe especificamente uma decisão da ONU que diz que as partes têm de se abster de tomar decisões unilaterais que modifiquem a atual situação, até que não se discuta e se resolva o tema da soberania deste território – afirmou Godoy.
Reação A primeira reação prática adotada pela Argentina sobre a questão ocorreu no início da semana, quando o governo baixou um decreto exigindo que todos os barcos que transitem entre o continente e as Malvinas peçam autorização prévia às autoridades do país.
Além de abordar o tema no Grupo do Rio, o governo argentino também promete levar o tema à Organização das Nações Unidas, em uma reunião entre o chanceler do país, Jorge Taiana, e o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
– O que a Argentina está considerando é uma série de medidas, porque advertimos que pode haver uma violação do direito internacional e das resoluções da ONU – ressaltou Godoy.à BBC.
Na quinta-feira, o primeiroministro britânico, Gordon Brown, se manifestou sobre a questão, dizendo que a Grã-Bretanha está fazendo “todos os preparativos necessários” para proteger sua soberania sobre sua possessão, mas descartou o envio de reforços militares à região, dizendo esperar que “conversações sensatas” resolvam o problema. Em princípio, a Argentina diz que também aposta no diálogo. À BBC, Godoy afirmou que seu país quer “sentar para negociar”.
Em 1982, as tropas argentinas invadiram as Malvinas para resolver os problemas de um regime agonizante. A aventura foi fatal para a ditadura militar (1976-1983).
Enquanto isso, a "dama de ferro" Margaret Thatcher reconquistou o arquipélago e garantiu um terceiro mandato, após 74 dias de uma guerra que matou 649 argentinos e 255 britânicos.
Na quinta-feira, o primeiroministro britânico, Gordon Brown, disse que o país está fazendo "todos os preparativos necessários" para proteger sua soberania sobre sua possessão. Entretanto, ele disse que não planeja o envio de um reforço militar à região e afirmou que espera que prevaleçam "discussões sensatas" com Buenos Aires.

19 de fev. de 2010

Preso, Arruda é transferido para sala menor e sem banheiro na PF

Preso há oito dias na Superintendência da Polícia Federal, o governador afastado do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido), foi transferido de sala nesta sexta-feira. O novo local onde o governador afastado vai ficar preso tem 16 metros quadrados aproximadamente, conta com um beliche e não há banheiro. A sala é do Comando de Operações Táticas.
Antes, Arruda estava em uma sala do INC (Instituto Nacional de Criminalística) com 40 metros quadrados, banheiro individual, ar condicionado, duas mesas e cama. Ele ainda era acompanhado por dois agentes. Em nota, a Polícia Federal explicou que a mudança tem o objetivo de restabelecer a rotina de trabalho no local. Segundo a PF, a nova sala destinada à prisão de Arruda cumpre as exigências legais para prisão de uma autoridade. "O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, foi transferido nesta tarde da sala onde estava sob custódia da Polícia Federal desde a data de sua prisão, no dia 11 de fevereiro. A transferência tem como objetivo a retomada da rotina de trabalho da Diretoria Técnico Científica, bem como a racionalização da segurança disposta para a custódia, com padrão compatível com as prerrogativas legais de prisão especial."
Segundo o advogado Nélio Machado, o governador afastado deve ter perdido uns três quilos na última semana. Arruda tem recebido refeições caseiras e cuidados médicos, além de ter direito a banho de sol.
O advogado afirmou que o governador tem se demonstrado abatido e que não pensa em renunciar ao cargo.
Desde que se apresentou à Polícia Federal, Arruda tem recebido a visita dos advogados, de amigos, como o secretário Alberto Fraga (Transportes), do cunhado e da mulher, Flávia Arruda.
Supremo
Machado afirmou esperar que os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) "sejam sensíveis" e concedam liberdade ao governador.
Segundo ele, a defesa vai aguardar a análise do mérito do habeas corpus pela Corte --prevista para a próxima semana-- para tentar livrar Arruda da custódia que foi decretada pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça), sob a acusação de ter participado da tentativa de suborno do jornalista Edson dos Santos, o Sombra, uma das testemunhas do esquema de arrecadação e pagamento de propina.
"Nós vamos esperar o habeas corpus porque esse é o melhor caminho e o mais rápido nesse momento. Um pedido de reconsideração ao STJ poderia levar mais tempo e ser ainda mais desgastante. A nossa avaliação é que o habeas corpus é o melhor remédio", afirmou.
Machado disse que está confiante no STF para livrar Arruda da prisão e que acredita até mesmo em uma reconsideração do ministro Marco Aurélio Mello, que negou o habeas corpus, em caráter liminar, na semana passada.
"Eu estou confiante. Agora, nos esperamos que os ministros sejam sensíveis e percebam que até agora o governador não foi ouvido sobre essa questão, que a prova que o STJ e o Ministério Público apresenta foi contaminada por uma pessoa destituída de credibilidade e que esse flagrante de suborno foi obscuro e que não há prova concreta contra o governador", disse.
A PGR (Procuradoria Geral da República) encaminhou ontem ao STF parecer defendendo a manutenção da prisão preventiva de Arruda. Para a vice-procuradora-geral da República, Deborah Duprat, a prisão é necessária para garantir a manutenção da ordem pública e para garantir o curso da investigação.
O relator do caso no STF, ministro Marco Aurélio Mello, havia afirmado que só submeteria o pedido de liberdade de Arruda ao plenário da Corte após o parecer do Ministério Público Federal.

16 de fev. de 2010

UM MORTAL SILÊNCIO

Ao longe um clarim lamentoso.
Do frio metal um som dorido, pungente, magoado e tristonho.
É o toque de silêncio.
Os ouvintes compungidos abaixam a cabeça.
Uma dor amarga a nossa boca.
Esvai-se mais uma esperança.
Os olhos de todos se embaçam pela lágrima que não rolou, mas que foi engolida pela impotência, e desceu pela seca garganta.
Por ora, calou-se a única voz de um militar da ativa capaz de emitir uma opinião sem medo.
De denunciar o vergonhoso “establishment” que sombreia o futuro da Pátria. Calou-se, penalizada pela prepotência, pelo desmando, pela ignomínia, pelo totalitarismo, pois a bem da verdade, aquela voz inspirou medo.
Sufocou-se o alerta desinteressado, uma voz brasileira foi amordaçada, mas não se muda uma vírgula sequer do texto eivado de maléficas intenções e torpes objetivos. Diante da infidelidade no sofá, retira-se o sofá.
Esperamos que a imolação do General no altar da besta sirva de alerta para os incautos, para que dêem tratos à bola, e pensem. “Poxa”, se um General de Exercito, de altíssimo conceito foi capaz de expor-se contra alguma “coisa”, a “coisa”, “boa coisa não é”.
Nós militares perdemos e muito. O peso de um General de Exército entre nós é grande.
Sabemos do crivo para chegar a tanto, as qualidades necessárias para atingir o ápice da carreira. O militar precisa ter estofo, caráter, atitude.
O General Santa Rosa as teve e cultivou-as com desvelada atenção ao longo de sua carreira, e as manteve altaneiras, até no seu encerramento.
Porém, se de um lado o corneteiro, com toda a sua sensibilidade solta do fundo do peito acordes que tocam a nossa alma, lamentando o destino da voz amordaçada, por outro, festejemos a coragem e o exemplo do General.
Por isso, Mestre da Banda inicie o dobrado “Fibra de Heróis”, em regozijo, pois, certamente, outros da mesma estirpe, incentivados pelo exemplo altaneiro do exonerado e intimorato Chefe, terão a hombridade de afrontar com dignidade, com a altivez do soldado a tantos quantos pérfidos e canalhas surgirem, mesmo que acobertados por uma distorcida democracia, construída para atender seus deploráveis desígnios.
Quem viver verá que a fibra do soldado não perece.

Brasília, DF, 13 de fevereiro de 2010
Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira


“Os homens só se lembram de Deus e dos soldados
nos momentos de aflição”

El Camino del Rey


El Caminito del Rey
(Inglês: Via pouco do Rei) É uma passagem ou Via Ferrata, Agora caído em desuso, fixado ao longo das paredes íngremes de uma estreita desfiladeiro em El Chorro, Perto de Álora em Málaga, Espanha. O nome é muitas vezes abreviado para Camino del Rey ".

Em 1901 tornou-se evidente que os trabalhadores no hidrelétricas plantas em Chorro Falls e Gaitanejo Falls precisava de uma passarela para atravessar entre as quedas, a fornecer para o transporte de materiais, e para a inspeção e manutenção do canal. A construção da passarela levou quatro anos e foi terminado em 1905.

Em 1921, King Alfonso XIII cruzou a passarela para a inauguração da barragem Conde del Guadalhorce e tornou-se conhecida por seu nome atual.

Em alguns lugares a passarela desabou

A passarela tem ido agora muitos anos sem manutenção, e está em um estado muito deteriorado e perigoso. É um metro (3 pés e 3 polegadas) de largura, e tem mais de 100 metros (350 pés) acima do rio. Quase todo o caminho não tem corrimão. Algumas partes da passarela de concreto que desabou completamente e tudo o que resta é a viga de aço no lugar originalmente para segurá-la para cima. Pode-se trancar em um moderno de segurança em aço-fio para não cair, embora não pode segurar muito peso. Várias pessoas perderam suas vidas na passarela nos últimos anos, depois que quatro pessoas morreram em dois acidentes em 1999 e 2000[1], O governo local fechou as entradas. Para este dia continua a ser ilegal a cruz. No entanto o policiamento é extremamente reduzido e muitos turistas aventureiros ainda encontrar o caminho para a passagem para explorá-lo.

Alguns viajantes escolher para começar a andar pelo túnel de trem para a represa, e depois voltando para El Chorro. A maioria de subir em uma série de balaústres em ruínas e, em seguida, uma chaminé bem protegida na face do penhasco para chegar ao Caminito del Rey ". Um cabo vai do comprimento do caminho, dando às pessoas um método para proteger-se durante toda a duração do caminho. No entanto, a estabilidade do cabo é desconhecida. Seria sensato ter espaço (mais de 10 metros) entre os viajantes. Dessa forma, se uma seção quebras, o cabo será apenas segurando o peso de uma pessoa.

O governo regional da Andaluzia orçamentado em 2006 para um plano de recuperação[2] estimado em € 7 milhões.

Adrenaline - base jump world record - HD - 1080p


12 de fev. de 2010

Relembrando o RDE

O general Maynard Santa Rosa pertence ao grupo de 15 membros do Alto Comando do Exército. Divulgou carta com pensamento pessoal, na qualidade de cidadão. Sabia o que ia acontecer. Conhece o Regulamento Disciplinar do Exército, as atividades, inclusive as punições.
Preferiu expressar pensamento próprio, mesmo usando uniforme da ativa. Assinou embaixo. Deu no que deu. Perdeu o cargo de chefe do Departamento Geral de Pessoal do Comando do Exército. Sabia com antecedência. Mesmo conhecendo a punição, não hesitou e teve a coragem que falta a muitos cidadãos comuns e políticos.
Ficou na tropa como adido ao gabinete do comandante Enzo Peri até 3l de março. É nessa data que termina o tempo de permanência no generalato, de 12 anos. Passará à reserva remunerada.
Não respondeu a “rigoroso inquérito”. A sentença estava dentro do que dissera. Tinha conhecimento de tudo. Preferiu expor o pensamento. Fez uso da liberdade pessoal, mesmo arcando com consequências que sabia serem certas.
Quando servia à EIM-280, durante a guerra, em Fortaleza, o que mais me impressionou foi o Regulamento Disciplinar do Exército. Sem caso omisso, diz tudo sem rodeios, sem direito a interpretações.
O fato de discutir e apresentar propostas são ofício dos políticos, mesmo os implicados em desvio de verbas e comportamento alheio às atividades legislativas.
Nas Forças Armadas a conduta é em linha reta, sem alternativas. Como dizia o filósofo de Mondubim, “por dentro feito talo de macaxeira”. Não desvia de nada.
O general Maynard Santa Rosa preferiu não citar exemplos. Nenhum companheiro foi lembrado. Achou melhor dizer que a apuração dos crimes da ditadura militar (1964-1985) competia à “Comissão da calúnia” formada por “fanáticos”. Dessa forma, expressou pensamento claro, ao dizer o que pensava.
Outras considerações surgiram ao escrever com consciência a carta divulgada, hoje de conhecimento popular.
O ministro Jobim havia conversado com o comandante Enzo Peri, que estava a serviço no Rio Grande do Sul. Confirmada a autoria da carta, adotou o Regulamento Disciplinar do Exército, que não aceita discussões.
O general Maynard de Santa Rosa disse com todas as palavras que “fanáticos adotaram o terrorismo, sequestro de inocentes e assalto a bancos como meio de combater o regime para alcançar o poder”. A carapuça cabe na cabeça de dona Dilma Rousseff. Era membro da Comissão, participante da luta armada e está convocada para expor seus pensamentos, tudo antes do acontecido. Certa vez o general Santa Rosa havia sido afastado do ministério da Defesa por discordar do governo sobre a reserva indígena Raposa, Serra do Sol.
Peito aberto, consciência tranquila, ostenta posto de envergadura na profissão que escolheu desde criança. Deixa o exemplo à posteridade para os descendentes. Guarda mente limpa perante a família, à qual deve sua formação íntegra de pensamento livre. Guarda os amigos no coração. E sente o dever cumprido ao agir sozinho, sem envolver colegas.
Aí está a biografia do homem disciplinado do Exército. Não aceitou fugir ao pensamento de cidadão.

11 de fev. de 2010

10 de fev. de 2010

CPI do MST mira repasse de verbas a entidades

Além de cobrar transparência, debates devem servir para expor deficiências da política de reforma agrária
Roldão Arruda
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) destinada a investigar as atividades de movimentos e organizações não-governamentais envolvidas com a reforma agrária pode se transformar em mais uma dor de cabeça para o governo federal nas próximas semanas. Programada para iniciar suas atividades hoje à tarde, a CPI vai se debruçar especialmente sobre o repasse de verbas públicas para entidades ligadas ao Movimento dos Sem-Terra (MST), que aumentaram durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"A CPI tem força para abrir as contas das entidades e ver se o dinheiro público está sendo bem aplicado", disse o deputado Valdir Colatto (PMDB-SC), integrante da CPI e presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária ? uma das bancadas mais influentes do Congresso. "Vamos cobrar transparência nessas transações."
Colatto acredita que os debates da CPI também sirvam para expor as deficiências da política de reforma agrária em curso no País. "Na minha opinião, temos de fazer mudanças nessa política, na qual se gasta muito dinheiro, com poucos resultados. Já se sabe que muitos assentamentos estão fracassados."
O governo não está de braços cruzados. Senadores e deputados do PT e de outros partidos da base aliada fazem parte da comissão mista. Ela será presidida pelo senador Almeida Lima (PMDB-CE), enquanto o cargo de relator caberá ao deputado Jilmar Tatto (PT-SP).
Um dos principais alvos das atividades da comissão deverá ser o MST. Tanto que ela é conhecida sobretudo como CPI do MST. Para organizações ligadas à reforma agrária e entidades de defesa dos direitos humanos, ela faria parte de uma ofensiva em curso no País destinada a criminalizar movimentos sociais.

ABAIXO-ASSINADO
Ontem, a Via Campesina, organização espalhada por diversos países da América Latina, lançou um abaixo-assinado no qual se pede que a CPI investigue crimes do agronegócio. De acordo com o texto, a investigação apenas de convênios ligados ao MST "representará, unicamente, mais uma iniciativa parlamentar de criminalização dos movimentos sociais, e não uma contribuição ao desenvolvimento e democratização do campo brasileiro".
A queda de braço entre governistas e oposicionistas, defensores do MST e ruralistas deve começar hoje cedo, antes da instalação da CPI. Será uma reunião entre parlamentares para definir uma pré-pauta para os primeiros encontros. "Vai haver muita polêmica e o cenário não está definido", diz Colatto. "Faço parte da base governista, mas nessas questões nem sempre voto com o governo. Sigo o que considero correto."
Esta é a terceira CPI que analisa ações de entidades ligadas à reforma agrária desde o início do governo Lula, em 2003.

9 de fev. de 2010

Um arsenal para garantir a paz

Militares brasileiros vão para o Haiti com armas não letais. Missão é conter os distúrbios nas ruas após terremoto

Rio - Grupo de 40 militares da Polícia do Exército do Rio desembarca semana que vem no Haiti, com arsenal especial para enfrentar o caos instalado nas ruas após o terremoto do dia 12. São armas não letais, que permitirão, sem arriscar a vida da população, conter tumultos causados pelos milhares de haitianos que, famintos, têm disputado alimentos distribuídos pela missão de paz.
Entre os 15 tipos de artefatos testados ontem, está a granada-bailarina: ela espalha fumaça lacrimogênea enquanto se desloca freneticamente de um lado para o outro, evitando que seja agarrada e lançada de volta contra os militares, o que não é raro em distúrbios populares. Também serão usados sprays de pimenta capazes de imobilizar quem os aspira. E, ainda, munição de borracha especial (Soft Punch), que pode ser disparada em alvos a apenas 5 metros de distância, sem riscos de vida. Os tiros com balas de borracha tradicionais precisam ser dados a pelo menos 20 metros de distância do alvo para que não causem ferimentos graves.
“A Soft Punch foi utilizada com sucesso no Timor Leste no ano passado. Com ela é possível incapacitar sem causar lesão”, explica Antonio Carlos Magalhães, diretor de Relações Institucionais da Condor, que fornece a maior parte do material utilizado pelo Brasil no Haiti, a pedido da ONU.
“Em situações como a do Haiti, de caos e fome, as pessoas se manifestam para reivindicar direitos básicos, mas perdem o controle porque não conseguem raciocinar direito. Nossa missão é preservar a tropa e essas pessoas. Por esse caráter humanitário da missão é que é importante o uso de armas não letais”, explica o major Guerra, coordenador do treinamento.
À frente da Missão de Estabilização da ONU para o Haiti desde 2004, o Brasil tem desempenhado papel fundamental após o terremoto. Estima-se que o País vá investir R$ 1 bilhão, em ações particulares e do governo. Entre elas, as operações de salvamento, como as conduzidas por bombeiros do Rio.

8 de fev. de 2010

PT planeja criar conselho de política externa

Proposta, que será votada no congresso do partido, prevê que ONGs, sindicatos e movimentos sociais integrem o órgão
Bernardo Mello Franco

BRASÍLIA A cúpula do PT quer ampliar a influência do partido sobre a política externa brasileira com a criação de um conselho federal dedicado ao tema. O órgão teria caráter oficial e funcionaria paralelamente ao Ministério das Relações Exteriores (MRE), que sempre foi o único responsável por formular e executar a política externa do país.
Pela proposta, o conselho seria integrado por representantes de ONGs, sindicatos e movimentos sociais — redutos tradicionais da militância do partido.
Sua criação é um dos itens do documento “A política internacional do PT”, que será votado no IV Congresso Nacional da legenda, entre os dias 18 e 21.
Elaborado pela Secretaria de Relações Internacionais do PT, o texto sugere o nome do órgão: Conselho Nacional de Política Externa. Ele é apresentado como um “organismo consultivo com participação social”, a exemplo dos que já existem em áreas como saúde e educação.
Itamaraty já abre espaço para ONGs e centrais sindicais O documento afirma que o Itamaraty já estaria abrindo espaço, no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para a atuação de ONGs e centrais sindicais.
A aproximação incluiria convites a representantes das entidades para acompanhar diplomatas de carreira em eventos no exterior.
“Atualmente, o MRE tem sido também mais aberto à participação dos movimentos sociais, centrais sindicais e ONGs nos eventos internacionais, inclusive muitas vezes como membros da delegação oficial, e os diplomatas do MRE têm se disponibilizado para dialogar e participar de eventos organizados pela sociedade civil quando convidados. Entretanto, ainda faz falta a criação de um Conselho Nacional de Política Externa”, cobra o texto.
O PT também quer que o governo federal convoque uma conferência nacional de relações exteriores, nos moldes de encontros recentes que geraram polêmicas nas áreas de comunicação e direitos humanos.
Segundo o documento, o seminário oficial “permitiria debater as diretrizes de política externa entre os movimentos, organizações e partidos que se interessam e atuam na área”.
A proposta de resolução do PT foi discutida em debate sobre política externa realizado anteontem na sede nacional do partido, em Brasília. Participaram o ministro de Assuntos Estratégicos, embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, e Marco Aurélio Garcia, assessor especial do presidente Lula e coordenador do programa de governo da candidatura a presidente da ministra Dilma Rousseff.
Responsável pela redação do texto, o secretário de Relações Internacionais do PT, Valter Pomar, disse que não poderia revelar detalhes sobre composição e funcionamento do conselho: — Isto é uma proposta feita no debate. É recente e não há nenhum tipo de detalhamento desta proposta, portanto não tenho como te responder.
Segundo Pomar, a conferência nacional de política externa não seria realizada em 2010, último ano do governo Lula. O encontro, portanto, só aconteceria após a eleição presidencial.
— Fazer algo do gênero exige uma preparação de mais de um ano — justificou Pomar.
Documento elogia governos de Cuba e Venezuela Se seguir os moldes de órgãos já existentes em outras áreas de governo, o Conselho Nacional de Política Externa terá presença maciça de ONGs e sindicatos.
Um exemplo é o Conselho Nacional de Meio Ambiente, cujas resoluções têm força de lei e são publicadas no Diário Oficial. O órgão tem 22 representantes da sociedade civil, incluindo entidades pouco conhecidas como Sócios da Natureza e Instituto O Direito por um Planeta Verde.
Além de propor a criação do conselho e atacar a atuação do Itamaraty no governo Fernando Henrique Cardoso, como O GLOBO noticiou ontem, o documento afirma que o PT deve acompanhar a política externa de Lula, “defendendo-a dos ataques da oposição de direita”.
O texto elogia os governos de Cuba e da Venezuela e prega a intervenção do partido na política de países vizinhos: “Do ponto de vista regional, o PT contribuirá para que a esquerda latinoamericana não perca nenhum governo para a direita; e também para acelerar o processo de integração regional.

7 de fev. de 2010

Chávez diz que seria "nefasto" se direita brasileira vencesse eleições

Caracas, 7 fev (EFE).- O presidente venezuelano, Hugo Chávez, indicou hoje que seria "nefasto" para a América Latina se a direita recuperasse o Governo do Brasil nas próximas eleições presidenciais, em outubro."Neste ano há eleições no Brasil e temos certeza de que o império americano vai apostar tudo na direita brasileira, para ter desde 1º de janeiro do ano que vem um Governo subordinado às ordens americanas. Isso seria nefasto para a união da América do Sul", disse Chávez em seu programa dominical "Alô Presidente"."Não nos intrometemos nos assuntos internos, mas cabe a nós saber o que acontece nos países irmãos da América Latina e do Caribe", acrescentou o presidente venezuelano.Chávez advertiu que os setores direitistas do continente, com o amparo e a ajuda dos Estados Unidos, suscitaram uma ofensiva política para recuperar a posição que tiveram antes que surgissem as correntes progressistas que chegaram ao poder em vários países da região."A direita imperialista e lacaia se reúne e contra-ataca, continua tentando voltar ao poder", assinalou Chávez.O líder explicou que essa ofensiva tenta "afastar nossos Governos uns dos outros para enfraquecê-los, atacar a Unasul, a Alba". Ele assegurou o mesmo ocorreu em relação "ao golpe de Estado de Honduras e às sete punhaladas no coração da União Sul-Americana, que são as bases estrangeiras na Colômbia".Chávez insistiu que "hoje a união é muito mais necessária porque o império e as burguesias lacaias trabalham para impedir a união".Ao se referir às eleições brasileiras, o presidente disse que tinha "grande esperança que o Governo de Luiz Inácio Lula da Silva, que não se subordinou às ordens do império ianque e foi nosso aliado, continue seu curso, continue seu ritmo".Chávez afirmou que o Governo Lula "é aliado dos povos da América, dos povos progressistas".

5 de fev. de 2010

Nas estrelas

ELIANE CANTANHÊDE
BRASÍLIA - Como estava escrito nas estrelas (e previsto pelos quatro estrelas do Alto Comando da Aeronáutica), Jobim, Amorim e uma fila de autoridades negaram a informação de ontem da Folha de que o presidente Lula e o ministro da Defesa já tenham batido o martelo a favor dos caças Rafale.
Mas isso já iria acontecer mesmo e finalmente aconteceu depois que a francesa Dassault aceitou um desconto de US$ 2 bi no seu pacote, que inclui 36 aviões, logística, armamento e transferência de tecnologia para transformar o Brasil em futuro produtor de aviões supersônicos. Como também prometiam a Suécia e os EUA, mas com menores preços, entre outras vantagens.
Vale a pena até registrar o cuidado da Aeronáutica para "desmentir" sem mentir. Diz a sua nota que não houve "comunicado oficial" -o que não exclui um comunicado pessoal e verbal sobre a decisão.
A questão é que os desmentidos foram protocolares, e nem o governo americano, nem o sueco, nem a Boeing, nem a Saab são bobos. Se o Brasil mandou renegociar só o preço dos franceses, depois de fechada toda a etapa de propostas e avaliações, os outros dois, a Suécia e os EUA, também querem.
Se, como dizem Jobim e Amorim, não há decisão e tudo ainda está em estudo, que se mantenha o teatro, ops!, o ritual de dar as mesmas chances, iguaizinhas, para todos. Assim são processos de seleção sérios e justos, de países sérios e justos. E que se arrogam líderes.
O resultado é que a decisão já está tomada, mas a agonia continua, com Jobim quebrando a cabeça e manejando a pena para criar argumentos lógicos, racionais e convincentes para explicar por que foi um e não o outro, indicado por quem entende desse riscado.
Ele vai precisar de muita imaginação. Do contrário, é melhor justificar a decisão numa única linha: "Vão ser os Rafale e pronto". Ou mais curto ainda: "Porque eu, Lula, e eu, Jobim, queremos".

4 de fev. de 2010

Pacote de ajuda-HAITI

Construção de casas populares e projeto de coleta e reaproveitamento de lixo estão entre as medidas anunciadas pelo governo brasileiro
Flávia Foreque
O Brasil lançará um pacote de projetos para a reconstrução do Haiti, país atingido por um terremoto de 7 graus de magnitude na escala Richter em 12 de janeiro. Um dos projetos previstos trata da construção de casas populares no país caribenho, a partir de materiais disponíveis na região. A coleta e o reaproveitamento do lixo também estão contemplados na proposta brasileira. O anúncio das medidas será feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em visita ao país, prevista para o próximo dia 25. O governo haitiano anunciou ontem que já contabiliza pelo menos 200 mil mortos na tragédia.
“O mundo inteiro, com alguma frequência, se volta para o Haiti e tenta ajudar. Desta vez, temos a oportunidade de uma ação mais duradoura e pelo menos o Brasil, desde a decisão de participar da Minustah (força de paz da ONU em ação no país, liderada pelo país), em 2004, tem se preocupado em ajudar muito”, afirmou o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Jorge Félix, em entrevista coletiva.
“Não vamos criar pacote virtual, será real. O que o presidente vai anunciar é para ser executado”, afirmou o embaixador Antônio Simões, subsecretário-geral para a América Latina e membro do gabinete de crise. O número de projetos do pacote brasileiro e os recursos necessários para a nova etapa de trabalhos no Haiti ainda não estão definidos. Segundo o general Félix, alguns projetos já foram apresentados no passado, mas não foram levados adiante por falta de financiamento das Nações Unidas.
No início de março, ministros de diversos países irão se reunir em Nova York para discutir arrecadação de doações internacionais ao Haiti. Uma conferência já foi realizada no mês passado, no Canadá, para debater a recuperação e reconstrução(1) do Haiti a longo prazo. “Nossa filosofia é de que nós estamos lá para ajudar os haitianos a resolver os seus problemas. Nós não estamos lá para resolver os problemas dos haitianos”, resumiu o ministro Jorge Félix. A prioridade do pacote será a criação de frentes de trabalho para mobilizar os haitianos e garantir renda para a população, segundo o embaixador brasileiro. Alguns projetos poderão ser realizados em parceria com outros países, que também estão estruturando um pacote de medidas para a reconstrução do Haiti.
O Brasil ainda vai aumentar o contingente de militares no país caribenho, nos próximos dias. A previsão é de que 900 homens embarquem ainda neste mês, de acordo com projeto de lei de autoria do Executivo. A proposta, aprovada pelo Congresso Nacional, prevê ainda uma reserva de 400 militares. Segundo o almirante Paulo Zuccaro, subchefe do comando e controle do Estado-Maior da Defesa, todos os militares que estavam no Haiti durante o terremoto terão retornado ao Brasil até amanhã. Apenas um cabo do Exército, ferido durante o terremoto no mês passado, aguarda ter melhores condições para retornar ao Brasil. Segundo Zuccaro, a troca já estava prevista, mas foi adiada para um momento mais oportuno.
Balanço
Segundo o general Félix, a Força Aérea Brasileira (FAB) fez 60 voos ao Haiti desde o terremoto no mês passado. O Brasil enviou ainda um navio com ajuda humanitária e outro sairá do Rio de Janeiro ainda neste mês, com o mesmo objetivo. Ao todo, já foram enviadas ao Haiti 56 toneladas de água e 225 toneladas de medicamentos. Entre doações de particulares e do governo, mil toneladas foram arrecadadas para ajuda ao Haiti. Desse total, cerca de 600 já foram enviadas ao país caribenho.
O hospital de campanha da FAB instalado pelo Brasil em Porto Príncipe em 18 de janeiro já realizou 3 mil atendimentos e 90 cirurgias de médio e grande porte.
1 - Generosidade mundial
A diretora do Programa Alimentar Mundial (PMA), Josette Sheeran, agradeceu ao mundo pela “generosidade e solidariedade” e, em particular, aos governos e entidades privadas que ajudaram com bens, serviços e doações de alimentos. Entre os maiores doadores figuram o governo dos Estados Unidos (US$ 78 milhões), Canadá (US$ 38 milhões) e Espanha (US$ 22 milhões). A Tailândia doou 20 mil toneladas de arroz, o que permitirá alimentar 2 milhões de haitianos por três semanas, afirma o PMA.
O número
4 mil
Total de amputações registradas desde 12 de janeiro
O número
250 mil
Estimativa de casas destruídas pelo terremoto
O número
30 mil
Número de empresas destruídas completamente pelo tremor

3 de fev. de 2010

Jobim pressiona por comando central militar

Ministro propõe que líderes da Câmara priorizem projeto que vai centralizar as decisões das três Forças.
O ministro Nelson Jobim (Defesa) pediu a líderes partidários na Câmara dos Deputados que tratem com prioridade o projeto de lei complementar que cria o Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, função cujo objetivo é centralizar as decisões de Exército, Aeronáutica e Marinha.
Previsto na Estratégia Nacional de Defesa elaborada em 2008 e que resultou em decreto presidencial publicado ainda naquele ano, o Estado-Maior seria chefiado por um general de último posto subordinado diretamente ao ministro da Defesa. O projeto de lei foi enviado pelo governo ao Congresso Nacional no dia 8 de dezembro.

Centralização
Na sua justificativa, Jobim escreve que o Estado-Maior terá como objetivo "a unificação doutrinária, estratégica e operacional" das três Forças, afirmando ainda que essa é uma das principais modificações legislativas da Estratégia Nacional de Defesa.
Devido a essa centralização, o Estado-Maior é visto com desconfiança em alguns setores militares, pois hoje há relativa autonomia de ações nas Forças.
O pedido de Jobim deve ser levado para a reunião da semana que vem dos líderes das bancadas partidárias na Câmara. Caso eles atendam à solicitação, deve ser aprovada a tramitação em regime de urgência do texto, o que dispensaria a passagem do projeto pelas comissões da Câmara antes da votação em plenário.
Depois de ser aprovado pelos deputados federais, o projeto terá de passar ainda pela análise dos senadores.

1 de fev. de 2010

Quem são os verdadeiros heróis

Antônio Rocha
A última semana foi emblemática para o Brasil ter uma dimensão de como se constroem heróis no país. Corremos sério risco, no mundo midiático em que vivemos, de confundir os valores e transformar artistas, políticos e personagens da telinha em heróis. Ancorados em programas nos principais canais de televisão, um grupo de aventureiros se presta a saciar o voyeurismo dos telespectadores, se expondo ao ridículo. De Brasília, vêm imagens chocantes de políticos discutindo como repartir ou guardar o botim com o dinheiro público do Distrito Federal.
Os noticiários de TV também nos remetem à crua realidade do mundo dos crimes, catástrofes e tragédias, como o terremoto no Haiti. No meio do caos e das cenas dramáticas de um povo que não tinha mais nada para perder, sobressaiu a atuação dos militares brasileiros. Estes sim, os verdadeiros heróis do país. Longe das famílias e vivendo numa terra sem as mínimas condições de conforto, eles dão dignidade ao Brasil. Levam um pouco de esperança e paz a um povo explorado e massacrado desde o século XIX.
Aqui, a TV nos empurra programas simplórios, que vivem de fofocas e bisbilhotar performances pessoais pouco exemplares, em horário nobre, como se a sociedade não tivesse coisas mais sérias para se ocupar. Além de ter-se apropriado do personagem de George Orwell, ainda temos que aturar o apresentador do big-brother tupiniquim, chamá-los de “nossos heróis”. Heróis de quem?
Os políticos posam de vítimas, depois de terem sido pegos no flagrante. E mais: sem qualquer constrangimento, lutam para se manter no cargo e ludibriar a justiça. Esse big brother do dinheiro nas meias é tão deprimente quanto o outro, que alimenta uma audiência sequiosa de cenas e diálogos de baixo nível. Entre a desfaçatez de uns e as bobagens de outros, quem perde é o telespectador brasileiro, que não tem para onde correr.
Não se sabe o que é mais chocante. Se as baboseiras expostas em discursos vulgares e limitados dos protagonistas da “casa”. Ou as cenas dos ladrões de colarinho branco, eleitos para governar e legislar e não para roubar. Ainda bem que temos o contraponto, para desmistificar esses heróis de araque, que saem dali para páginas de revistas masculinas ou femininas, para alimentar o círculo vazio da indústria cultural de celebridades fabricadas. Ou, no caso dos políticos, circulam nas festas da corte e nas rodas oficiais com a mesma cara de pau com que aparecem nos vídeos guardando o dinheiro na cueca ou nas meias.
Minutos antes, os programas jornalísticos nos mostram os heróis de fato, dentro e fora do país. Como Zilda Arns. Não satisfeita com tudo o que fez aqui, nos últimos 30 anos, para reduzir a mortalidade infantil, estava lá, no exterior, transmitindo ensinamentos para amenizar o calvário de populações pobres. Ao lado dela, meninos que entraram no Exército e resolveram abraçar uma empreitada difícil, levados por um ideal, em busca de crescimento pessoal e profissional. Lamentavelmente, foram colhidos pela tragédia e entram precocemente para a galeria dos heróis nacionais. É incrível o paradoxo da mídia eletrônica. De um lado escancara as aventuras nada edificantes de um grupo de políticos, metendo a mão no dinheiro do contribuinte, além das disputas amorosas e liberalidades físicas do grupo confinado que faz qualquer coisa para aparecer. De outro, é também a janela por onde conseguimos conhecer a verdadeira dimensão do trabalho dos jovens heróis brasileiros, que não tiveram tempo de contar sua história para pais, esposas, filhos ou netos. * Jornalista e Consultor de comunicação